Fechando o mês de janeiro com um ganho de 3,37%, o Ibovespa encerrou o dia com uma alta de 1,03% a 113.430,54 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 25 bilhões. O pregão foi impulsionado pelo otimismo de Wall Street, devido à “Super Quarta”, que ocorrerá amanhã (1) e trará declarações importantes do Fed (Federal Reserve) e do BC (Banco Central) a respeito das taxas de juros. Além disso, o posicionamento do Ministro da Fazenda Fernando Haddad sobre a redução de impostos para as indústrias melhorou o humor do mercado.
Para os pronunciamentos de amanhã existe uma expectativa para que sejam anunciados a desaceleração do aumento dos juros americanos. Rodrigo Cohen, analista e co-fundador da Escola de Investimentos, comenta: “Nos EUA, é consenso do mercado uma alta de 0,25 ponto percentual nessa reunião e também na próxima. Porém, em maio, já se espera que o FED não suba mais juros. A expectativa em relação à desaceleração da elevação de juros na reunião de amanhã traz euforia e animação e colabora para as altas no dia de hoje.”
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No caso do Brasil, Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest, acrescenta: “ainda existe dúvida se o Banco Central deveria fazer algum ajuste na taxa Selic. As principais estimativas são de que o Copom deve manter os juros em 13,75%, mas com os dados de inflação vindo ainda em patamar elevado, isso acendeu uma luz amarela dos analistas de mercado, deixando em aberto se haverá ou não um ajuste residual ao longo deste ano”.
As declarações de Haddad na tarde de hoje (31) também confortaram o mercado, que está com a reforma tributária no radar desde a semana passada. Além de afirmar a redução de impostos para o setor industrial, o Ministro da Fazenda também comentou com bancários sobre o aumento da oferta de crédito para bancos com a finalidade de destravar negócios que ficam parados por conta de juros altos, o que favorece ainda mais o setor.
Dentre os destaques, os papéis da Natura (NTCO3) têm subido persistentemente, e hoje valorizaram 6,74%, a R$ 14,57. A alta ocorreu após a empresa afirmar que segue avaliando uma eventual venda parte da empresa de cosméticos de luxo australiana Aesop como uma das alternativas para financiar o “crescimento acelerado” da unidade e agregar mais valor à companhia e aos acionistas. O esclarecimento ocorreu após reportagens publicadas na véspera de que LVMH e L’Oréal, entre outras empresas, estariam interessadas na Aesop, bem como estimando a avaliação da Aesop.
Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street fecharam em alta depois que dados sobre crescimento salarial indicaram alívio da inflação antes da decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros.
Na Europa, as ações europeias fecharam em queda, mas registram os maiores ganhos em janeiro em oito anos. O Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra provavelmente aumentarão os juros em 0,50 ponto percentual cada na quinta-feira (2).
(Com Reuters)
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