O câncer é a segunda causa mais frequente de morbidade e mortalidade no continente americano, depois das doenças cardiovasculares, de acordo com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS). A entidade afirma que ele é, também, uma “base importante das desigualdades em saúde”.
Segundo os dados da OPAS, 1,4 milhão de pessoas morreram da doença em 2020, em nossa região. Aproximadamente, 57% dos novos casos de câncer e 47% dos óbitos pela doença ocorreram em pessoas com 69 anos ou menos, consideradas economicamente ativas.
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Aqui no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima 704 mil novos casos da doença neste ano, com destaque para os tumores de mama, próstata, intestino e pulmão.
Semanalmente, escrevo nesta coluna sobre as novidades no tratamento do câncer, que trazem boas perspectivas para o enfrentamento da doença. São inovações nas áreas médica e científica, além de ações para a informação da sociedade sobre prevenção e diagnóstico precoce.
O câncer é um tema que merece uma mobilização de diversos setores e uma atenção especial dos agentes públicos, para o desenvolvimento de políticas que possam atender da melhor forma possível quem precisa do tratamento.
No próximo sábado, 4 de fevereiro, é Dia Mundial do Câncer, uma iniciativa internacional que pretende aumentar a divulgação de informações e gerar um alerta geral para medidas contra a doença.
Até 2024, o tema escolhido pela organização da campanha é “Por cuidados mais justos”, um convite para que indivíduos e organizações trabalhem para reduzir o impacto do câncer, especialmente em países em desenvolvimento, onde há uma grande desigualdade de oportunidades para a população.
A proposta pretende “fortalecer ações destinadas a melhorar o acesso a cuidados de qualidade, incluindo prevenção, detecção precoce, tratamento e cuidados paliativos”.
Cada um pode fazer a diferença, adotando novos hábitos saudáveis, estimulando a vacinação contra o HPV para crianças e adolescentes, participando dos debates sobre os serviços de saúde.
Como médico, entendo o papel de trazer o acesso aos avanços para o centro do debate e estimular, junto com outros profissionais de saúde, entidades não-governamentais e toda a sociedade, a construção de uma política de prevenção, controle e tratamento do câncer que seja possível e que atenda as necessidades de nossa população.
Todos nós podemos fazer parte desta corrente! O câncer é um grave problema de saúde pública e merece um esforço coletivo para que possamos, cada vez mais, evitar, tratar e curar.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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