A dívida do governo do Japão irá superar 1,1 quatrilhão de ienes (US$ 8,47 trilhões ou R$ 39,33 trilhões) pela primeira vez no final do ano fiscal em março de 2027, devido ao país continuar fortemente dependente de endividamentos, mostrou um esboço de estimativa visto pela Reuters hoje (26).
Mesmo assumindo um cenário otimista em que a terceira maior economia do mundo cresça 3% ao ano em termos nominais, a dívida continuaria a crescer para pouco menos de 1,2 quatrilhão de ienes no final do período de previsão que termina em março de 2033, mostrou o documento.
A estimativa destaca a péssima situação fiscal do Japão, que deve piorar ainda mais com o governo do primeiro-ministro, Fumio Kishida, planejando grandes aumentos nos gastos com defesa.
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Em consultas políticas anuais com o Japão, o FMI (Fundo Monetário Internacional) insistiu ao governo que coloque a questão fiscal em ordem, aumentando impostos e reduzindo gastos.
“Nossa mensagem geral é que qualquer aumento nos gastos deve ser enfrentado com um aumento nas receitas. Isso é importante dado o nível muito elevado da dívida em relação ao PIB do Japão”, disse a primeira vice-diretora-gerente do FMI, Gita Gopinath, em entrevista coletiva.
Refletindo a dívida crescente, os pagamentos de juros quase dobrariam de 8,6 trilhões de ienes no ano fiscal de 2023 para 17,1 trilhões de ienes no final do período de previsão, mostra o esboço da estimativa do governo.
O governo apresentará a estimativa ao Parlamento como referência para os debates dos parlamentares sobre o orçamento do próximo ano fiscal.
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