A família Salton, dona da vinícola de mesmo nome – a mais antiga em atividade no Brasil – anunciou hoje (24) que o faturamento de 2022 foi o maior nos 112 anos de história da empresa. Foram R$ 500 milhões, um crescimento acima de 10% sobre 2021. Segundo a Salton, com esse desempenho fica mantida a meta de R$ 1 bi até 2030.
“O ano de 2022 trouxe desafios e novas formas de fazer nosso negócio prosperar, com inovações e projetos que nos estimulam, cada vez mais, investir nossos esforços na preservação do meio ambiente, na economia dos nossos recursos e nos cuidados com nossos stakeholders”, diz Maurício Salton, CEO da Salton.
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No ano passado, foram vendidas 24,5 milhões de garrafas entre espumante, vinho e não alcoólicos. Mais 17,8 milhões de garrafas de destilados. Do total, cerca de um milhão de garrafas foram exportadas para 30 países, dos quais seis foram mercados abertos em 2022 (Gana, França, Holanda, Maldivas, Nova Zelândia e Hong Kong). O destaque são os EUA, mercado do qual a Salton responde por 96% das vendas de espumantes do Brasil a esse país.
Em 2022, a empresa investiu R$ 15 milhões para ampliar os vinhedos, em inovação e modernização do parque fabril. As operações ocorrem em quatro unidades: a Vinícola Salton, em Bento Gonçalves (RS); a Azienda Domenico, em Santana do Livramento, também no estado; mais a Enoteca Família Salton, na capital paulista e o Complexo Presidente, em Jarinu, a 80 quilômetros.
Com foco em ESG e no conceito de viticultura 4.0, a partir de seu Núcleo de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento, a Salton desenvolveu projetos como: automatização do campo aos processos produtivos; ciência de dados; fermentação inteligente de espumantes (aplicação exclusiva da Família Salton nesse processo) entre outros. São 1.032 hectares de cultivo de uvas, dos quais 138 próprios e 900 hectares de 300 produtores parceiros.
As inovações em biodiversidade e uso da terra contribuíram para o ‘Estudo de equilíbrio entre o bioma e o uso da terra’, projeto que uniu pesquisa e ciência, o que levou à redução de 99% no uso de herbicidas em seus vinhedos. Para isso, uma parceria com a UFSM (Universidade de Santa Maria) na última safra, trouxe técnicas naturais de controle de pragas. Exemplo foi o plantio de azevém (um tipo de gramínea) que coincide com o ciclo vegetativo da videira, suprimindo o desenvolvimento das plantas daninhas, agindo como um herbicida natural.
Também em 2022, a Salton lançou o “Estudo inédito de inventário de Gases de Efeito Estufa” – o primeiro no setor vinícola brasileiro para estabelecer planos e metas para redução de emissões GEEs. Desenvolvido em parceria com a UCS, o estudo mediu as emissões nas quatro unidades da Salton. A vinícola contabilizou 950,54 toneladas de CO2 e emitidas, contra 15.786,91 de toneladas de CO2 removidas.
A maior parte da remoção de CO2 da companhia provém de áreas de vegetação nativa preservadas pela empresa. O mapeamento dos escopos 1 e 2, portanto, resultou positivamente em um balanço final de emissões e remoções de CO2. Nos próximos anos, uma terceira etapa será implementada e medirá as emissões que não estão sob o controle da companhia e que a empresa entende como significativas para o resultado e avanços no compromisso com ações relacionadas às mudanças climáticas.
Em 2022, a empresa também deu continuidade aos investimentos no setor de enoturismo na região da Serra Gaúcha. A empresa vai inaugurar em Bento Gonçalves, nos próximos dias, a Casa di Pasto, espaço inspirado na moradia que deu origem à vinícola no final do século XIX. O local integra o roteiro turístico Caminhos de Pedra. Outro investimento de 2022, ocorrido em maio, foi a abertura da Cave dos Espumantes, na sede da Vinícola Salton, no distrito de Tuiuty (RS), com tours guiados que unem história e degustação de produtos.
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