CEOs valorizam, mas encontram dificuldades na aplicação de tecnologia

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Marcelo Ciasca, CEO da Stefanini: “A sustentabilidade também tem que estar no radar na potencialização da tecnologia”

Transformação digital como elemento de mudança em grandes companhias tornou-se um jargão no mundo corporativo. A maioria dos CEOs utiliza a expressão como mantra. No entanto, entre a teoria e a prática ainda existem grandes desafios. Foi o que constatou um levantamento inédito realizado pela Accenture em 12 países com 1140 CEOs, inclusive do Brasil.

A alta liderança considera a combinação entre dados, tecnologia e pessoas essencial para o crescimento de seus negócios, mas apenas 5% das empresas globais estão de fato acessando o valor dessa nova fórmula. Já as companhias atentas a essa oportunidade podem atingir um aumento de produtividade de 11%. De acordo com o estudo, esse ganho de produtividade cai para 4% quando as empresas implementam soluções de dados e tecnologia que não são centradas nas pessoas.

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Esse cenário reforça a importância dos C-Level de Recursos Humanos. O CHRO aparece como o principal catalisador nessa combinação entre dados, tecnologia e pessoas. Entre os CEOs entrevistados, 89% afirmam que o CHRO precisa ter papel central para assegurar um crescimento rentável de longo prazo. Todavia, apenas 45% dos CEOs estão criando condições favoráveis para esses executivos.

Dentre os principais benefícios dessa equação para as empresas estão, segundo os próprios CEOs: aumento de performance e produtividade por meio de dados, tecnologia e IA (38%), acesso e criação de talentos diferenciados (38%), aumento da colaboração entre unidades de negócios (35%) e aprimoramento do núcleo digital da companhia (34%).

Marcelo Ciasca, CEO da Stefanini e colunista da Forbes Brasil, sinaliza que existem outros elementos que adicionam maior desafio aos CEOs quando o tema é a potencialização da tecnologia, lifelong learning, ou aprendizado contínuo dos profissionais, aparece na lista, assim como outra questões, dentre elas, ESG. “A sustentabilidade também tem que estar no radar. Um estudo anual da IBM com CEOs, ‘Lidere o seu impacto: caminhos práticos para conquistar a sustentabilidade transformacional’, que entrevistou mais de 3.000 mil CEOs no mundo todo, apontou que 48% dos entrevistados no Brasil classificam a sustentabilidade como desafio máximo para suas empresas, um aumento de 65% desde 2021.”

Em entrevista recente à Forbes Brasil, Ariel Grunkraut, CEO da Zamp, master franqueadora das redes Burger King e Popeyes e ex-CMTO da companhia, afirmou que existe uma mudança importante na maneira da liderança enxergar o papel estratégico da tecnologia nos últimos anos. “No nosso caso, passamos a considerar tecnologia como negócio e não como custo. Antes, a área ficava sob responsabilidade do financeiro, neste período ela ficou conectada a marketing e vendas”, explica Grunkraut.

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Marcelo Tangioni, presidente da Mastercard Brasil, companhia que investiu US$ 5 bilhões recentemente na aquisição de 15 empresas, pontua que “a Mastercard se transformou em uma empresa de tecnologia nos últimos anos e isso tem um impacto direto na maneira como estruturamos, investimos e ampliamos nossos negócios a partir desse equilíbrio entre o humano e a inovação tecnologia”, destacou.

O estudo da Accenture Research foi conduzido na Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, EUA, França, Índia, Japão, Singapura, Suíça e Reino Unido e considerou doze segmentos: Bancos, Comunicações e Mídia, Bens de Consumo e Serviços, Energia, Saúde, High Tech, Seguros, Ciências da Vida, Setor Público, Varejo, Software & Plataformas e Serviços Públicos. Os dados da pesquisa foram validados por meio de 17 entrevistas com CEOs e CHROs de grandes organizações em todo o mundo e de diversos setores

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