O Itaú Unibanco classificou hoje (24) como “leviana” a tentativa de atribuir aos bancos responsabilidade sobre as práticas contábeis irregulares da Americanas, em resposta à nota dos acionistas de referência da varejista.
No último domingo (22), na primeira manifestação pública sobre os problemas contábeis envolvendo a varejista, que culminaram com o pedido de recuperação judicial, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto (Beto) Sicupira afirmaram que jamais ter conhecimento de quaisquer manobra contábil.
Também afirmaram que contavam com uma das maiores e mais conceituadas empresas de auditoria, a PwC, que fazia uso regular de cartas de circularização, usadas para confirmar as informações contábeis da Americanas com fontes externas, incluindo os bancos que mantinham operações com a empresa.
“Nem essas instituições financeiras nem a PwC jamais denunciaram qualquer irregularidade”, escreveram os acionistas de referência da varejistas.
A Americanas pediu recuperação judicial na última quinta-feira (19), citando dívidas de R$ 43 bilhões, em um dos maiores pedidos do tipo no país.
No comunicado, o Itaú afirmou que a elaboração e aprovação das demonstrações financeiras que espelhem a realidade da companhia são responsabilidade única e exclusiva da administração da empresa, “e sem nenhuma influência dos bancos ou outros credores”.
O banco também alega que cartas de circularização são um instrumento que apoiam a auditoria no trabalho de verificação das informações fornecidas pela administração, e foram respondidas conforme as melhores práticas de mercado. E acrescentou que os saldos das operações também sempre foram reportados no sistema central de risco do Banco Central.
“Dessa forma, é leviana a tentativa de atribuir aos bancos qualquer responsabilidade sobre as práticas contábeis irregulares da empresa”, afirmou o maior banco do país.
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