A bolsa de cereais de Buenos Aires cortou nesta quinta-feira (19) sua estimativa para a safra de milho da Argentina em 2022/2023 para 44,5 milhões de toneladas, depois que as áreas agrícolas do país foram atingidas pela seca.
Em setembro, a bolsa havia previsto 50 milhões de toneladas de milho neste ciclo, mas no início deste mês disse que poderia encolher para até 37,8 milhões de toneladas no pior cenário.
Chuvas com volumes moderados a abundantes são esperadas na maior parte da principal área agrícola da Argentina na próxima semana, disse a bolsa de grãos de Buenos Aires, o que pode ajudar os agricultores a plantar seus campos após uma seca histórica.
A falta de chuvas na Argentina, maior exportador mundial de óleo e farelo de soja e terceiro maior exportador de milho, retardou o plantio de suas atuais safras de soja e milho e reduziu quase pela metade a produção de trigo do país.
De acordo com a bolsa, a maior parte da zona agrícola da Argentina, assim como a do vizinho Uruguai, deve ter entre 19 e 25 de janeiro chuvas “moderadas a muito abundantes” de 10 a 75 milímetros.
Sobre o noroeste da província de Salta, na Argentina, e a maior parte da vizinha Jujuy, a bolsa prevê fortes tempestades com mais de 150 milímetros de chuva.
O centro-norte da região, no entanto, abrangendo a maior parte do Paraguai e a região do Chaco, deve receber pouca ou nenhuma chuva, acrescentou, já que ventos tropicais quentes sopram nessa região, bem como em grande parte dos pampas da Argentina e do leste do Uruguai.
Na quarta-feira (18), o Ministério da Agricultura da Argentina previu chuvas no centro e norte do país a partir da segunda quinzena de janeiro, mas disse que ainda é muito cedo para fazer estimativas sobre as futuras áreas de plantio.
O ministério disse que precisaria de pelo menos um mês antes de poder realizar uma análise.
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