As ações europeias registraram sua pior perda diária no ano nesta quinta-feira (19), com balanços corporativos decepcionantes, dados econômicos fracos dos Estados Unidos e declarações agressivas de autoridades de bancos centrais reacendendo os temores de uma desaceleração econômica global.
O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 1,55%, quebrando uma sequência de seis dias de ganhos consecutivos e marcando a maior perda percentual desde 15 de dezembro.
Ações de tecnologia sensíveis aos juros lideraram as perdas, com queda de 2,9%, já que seus pares de Wall Street também caíam. Papéis de varejo , indústria , mineração e petróleo e gás caíram todos mais de 2% cada.
As ações dos EUA recuavam pelo segundo dia após dados mostrarem que a produção manufatureira norte-americana caiu no mês passado e as vendas no varejo tiveram a maior queda em um ano, enquanto declarações agressivas de autoridades do Federal Reserve provocaram preocupações de que os juros continuarão subindo.
Os balanços do quarto trimestre na Europa devem crescer 10,7% na comparação anual, de acordo com dados da Refinitiv, ante uma alta de 59,2% no quarto trimestre do ano anterior. A deterioração de balanços corporativos este ano está entre as razões pelos temores de recessão.
Somando-se ao clima pessimista, o Banco Central Europeu rebateu as apostas do mercado de que diminuirá o ritmo de suas altas de juros.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, e seu colega Klaas Knot disseram que os investidores estão subestimando a determinação do banco central de levar a inflação nos 20 países da zona do euro de volta à meta de 2%, ante 9,2% no mês passado.
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