Ibovespa sobe 2% com alta forte de Petrobras e Ambev

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O Ibovespa teve uma alta forte hoje (17), impulsionada pelo avanço das commodities. Petrobras (PETR3;PETR4) e Ambev (ABEV3) subiram mais de 5% cada uma no pregão desta terça. O índice de ações avançou 2,04%, a 111.439,12 pontos.

Em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que apresentará um novo arcabouço fiscal em abril, o que foi recebido positivamente pelo mercado.

Em Nova York, as bolsas operam sem direção definida, com os grandes bancos norte-americanos apresentando seus balanços financeiros do período do quarto trimestre de 2022.

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O impulsionador das ações ligadas a commodities foi a divulgação do PIB da China. A atividade econômica do país encerrou 2022 com 3% de alta, o menor crescimento desde 1976. A meta era de expansão de 5,6%, entretanto, o mercado esperava um número muito menor: 1,7%.

A taxa de desemprego diminuiu em dezembro de 5,7% para 5,5%; as vendas do varejo fecharam com contração de 1,9%, enquanto o consenso esperava queda de 8,6%.

“Os dados de ontem da China do PIB surpreenderam o mundo. Todos os setores contribuíram para a melhora, seja comércio varejista, indústria ou serviços em geral”, comentou em nota Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa.

Na bolsa de Londres, os contratos futuros do cobre fecharam em alta de 2,03%, a US$ 9.283,50, com os agentes financeiros vendo cenário positivo para a China nos próximos meses. O petróleo também respondeu com alta, fechando aos US$ 85,92 a tonelada do barril Brent, após avanço de 1,73% no dia.

No Ibovespa, as ações ligadas a essas commodities impulsionaram os ganhos do dia. A Petrobras, que soma 10% de participação no índice, subiu 7,04% com as ações PETR3 e 6,49% com as ações PETR4. Siderúrgicas e mineradoras subiram em bloco, e fecharam com ganhos acima de 1%.

Além do impulso vindo da China, os papéis da Petrobras também reagem à entrada de R$ 456 milhões no caixa da estatal, devido a um acordo de leniência com a subsidiária da norte-americana Honeywell.

Outro destaque do dia é a Ambev, que valorizou 5,00% hoje. As ações negociaram pressionadas nos últimos dias devido à conexão com as ações da Americanas. Investidores receavam que os investidores bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, acionistas da Americanas e donos da 3G Capital, pudessem vender suas ações para cobrir parte do rombo da varejista.

Sem qualquer sinalização nesse sentido e com o Credit Suisse soltando relatório em que mostra que a penetração da Ambev melhorou e seu aplicativo para bares BEES possui uma boa cobertura, investidores corrigiram suas posições nas ações ABEV3.

Na agenda política, Haddad afirmou em discurso em Davos que um novo arcabouço fiscal será apresentado em abril e a reforma tributária será votada no segundo semestre deste ano. Segundo ele, o objetivo é que as receitas e despesas do país voltem ao nível pré-pandemia em dois anos, de modo que o déficit primário seja corrigido neste prazo.

Nos EUA, as bolsas fecharam com sinais contrários depois que o balanço do Goldman Sachs decepcionou o mercado ao apresentar queda nos lucros. O lucro por ação do banco ficou em US$ 3,32, ante expectativa de US$ 5,56 pelo consenso.

Nesta semana, o mercado ainda aguarda os dados do livro bege do Federal Reserve amanhã e números de produção industrial e índice de preços ao produtor.

O Dow Jones fechou em queda de 1,14%, a 33.911,22 pontos, o S&P 500 perdeu 0,20%, a 3.990,96 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,14%, a 11.095,11 pontos. O dólar comercial fechou com queda de 0,84%, a R$ 5,1055.

(Com Reuters)

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