As três pessoas mais ricas do Brasil, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles, perderam mais de R$ 3 bilhões em um dia, após as ações da Americanas (AMER3) 77% ontem (12).
Lemann viu sua fortuna recuar US$ 329 milhões, o equivalente a R$ 1,6 bilhão. Sicupira perdeu aproximadamente US$ 200 milhões (R$ 1 bilhão), enquanto Herrmann Telles atingiu uma desvalorização de US$ 173 milhões (R$ 882 milhões) no período.
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Os bilionários dividem a sociedade da gestora de investimentos 3G Capital, que tem uma parcela de aproximadamente 29% de seu capital investido na Americanas e em outras empresas listadas no Ibovespa.
Até a reorganização societária da Americanas realizada em 2021, que unificou as ações e levou os papéis para o Novo Mercado, os super-ricos tinham o controle na companhia. Mesmo tendo aberto mão do controle, eles seguem sendo os maiores acionistas individuais, com participações relevantes.
A queda da varejista foi motivada pela divulgação de um fato relevante que indicou a existência de R$ 20 bilhões em “inconsistências contábeis” no balanço da empresa. O comunicado, divulgado na noite anterior (11), provocou não apenas o pedido de demissão do CEO, Sergio Rial, e do Diretor de Relações com Investidores (DRI), André Covre, que haviam assumido seus cargos no dia 2 de janeiro.
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Com isso, o valor de mercado da Americanas recuou de R$ 10,8 bilhões para R$ 2,45 bilhões, uma perda de R$ 8,4 bilhões apenas em um dia. Para base de comparação, segundo um levantamento do TradeMap, a perda de valor de mercado da empresa é equivalente à capitalização da Arezzo e do frigorífico Minerva.
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