As transações que englobam as exportações e as importações brasileiras de 2022, a chamada corrente de comércio, atingiram o maior valor da série histórica de trinta anos, totalizando US$ 607,7 bilhões (R$ 3,1 trilhões) no período.
Os dados, que foram mapeados pela Vixtra com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior, mostram que o país registrou um superávit de US$ 61,3 bilhões (R$ 312 bilhões) no ano passado.
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“O resultado expressivo demonstra a força e a resiliência do comércio exterior brasileiro no cenário global. Apesar do cenário instável, do aumento de custos e de outros incidentes, o país manteve um fluxo constante, aumentando a venda de commodities para novos clientes”, diz Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra. “Isso foi crucial para que o Brasil alcançasse esse resultado.”
Pensando apenas em dezembro, as importações totalizaram US$ 21,9 bilhões (R$ 111,7 bilhões), crescimento de 12% na comparação anual. No acumulado de 12 meses, o patamar ficou em US$ 272,7 bilhões (R$ 1,39 trilhão), avanço de 24,3% em relação a 2021.
No período, o destaque ficou para as importações provenientes dos Estados Unidos, que aumentaram 30,3% no ano, totalizando US$ 51,3 bilhões (R$ 261,6 bilhões).
As exportações também cresceram, atingindo US$ 26,7 bilhões em dezembro, crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o total remetido ao exterior totalizou US$ 335 bilhões (R$ 1,71 trilhão). Na modalidade, a União Europeia se destacou, com crescimento de 39,6% em 2022, com um total de US$ 51 bilhões (R$ 260 bilhões) provenientes da região.
Em dezembro, os setores que mais se destacaram incluem a Indústria Extrativa, que cresceu 29% e somou US$ 2 bilhões; a Indústria de Transformação avançou com 12,1% com um total de US$ 19,3 bilhões, e Agropecuária, que encerrou o mês com US$ 500 milhões em transações.
“Ainda há muito espaço para o comércio exterior brasileiro, mas é necessário um estreitamento de relações com outros países com os quais nosso mercado tem sinergia. Além disso, o fechamento de acordos comerciais de livre comércio, como o Mercosul-União Europeia, podem ser boas opções para elevar o comércio brasileiro”, diz Baltieri.
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