O Ibovespa abriu em alta hoje (11) e se prepara para o sexto dia consecutivo de fechamentos positivos. Logo após encerrar os leilões, o avanço era de 0,10%, a 110.932,37 pontos, em linha com o viés positivo dos mercados internacionais.

Amanhã (12) acontecerá a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos. Enquanto isso, o mercado opera com cautela, mas com otimismo ao projetar alta de 0,1% em dezembro e acumulado de 7,1% no ano.

Os futuros em Nova York começaram o dia com o Dow Jones avançando 0,16%, o S&P 500 com alta de 0,23% e o Nasdaq subindo 0,19% por volta das 10h (horário de Brasília).

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O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou ontem (10) que restaurar a estabilidade de preços com inflação alta pode exigir medidas que não são populares. Ele não deu qualquer indicação de quanto será o próximo aumento nos juros, mas o mercado se divide entre aumentos de 0,50 e 0,25 ponto percentual.

Nesta semana começa a divulgação dos balanços do quarto trimestre dos EUA, com as primeiras entregas dos bancos. Investidores buscam indicações da deterioração do mercado norte-americano no ano passado com os aumentos constantes nos juros.

Na Europa, investidores também aguardam os dados de inflação dos EUA, mas acompanham seus próprios números. Robert Holzmann, formulador de políticas do Banco Central Europeu, afirmou em conferência da Euromoney que os juros terão que aumentar significativamente para atingir níveis suficientemente restritivos que garantam um retorno da inflação à meta de médio prazo de 2%.

Às 10h (horário de Brasília), o FTSE 100 subia 0,66% em Londres, o DAX tinha alta de 0,96% em Frankfurt, o CAC 40 avançava 0,89% em Paris e o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhava 0,49%.

Já as bolsas asiáticas fecharam sem direção definida nesta quarta, à espera dos dados de inflação dos Estados Unidos e em meio a preocupações com a situação de covid na China. Após o relaxamento das medidas restritivas no país, o número de infecções aumentou e causa preocupação.

O banco central da China e o principal regulador bancário disseram que aumentarão o apoio financeiro para a demanda interna e o sistema de oferta para apoiar a economia. Em dezembro, US$ 206,7 bilhões foram concedidos em empréstimos, acima dos valores de novembro e acima das expectativas dos analistas.

O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 0,19%, enquanto o índice de Xangai caiu 0,24%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, terminou com alta de 0,49%.

Por aqui, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enviou uma carta ao governo explicando porque a inflação de 2022 fechou acima da meta. Segundo Campos Neto, problemas como elevação dos preços de commodities, principalmente do petróleo; desequilíbrios entre oferta e demanda de insumos; choques em preços de alimentação devido a questões climáticas; e retomada na demanda de serviços e no emprego pressionaram os preços.

Em seu texto, o presidente do BC afirma que 2023 também terá seus desafios e deixa em aberto a possibilidade de a inflação ficar acima da meta novamente. “Em 2023, a inflação ainda se mantém superior à meta, em virtude principalmente da hipótese do retorno da tributação federal sobre combustíveis e dos efeitos inerciais da inflação de 2022″, escreveu.

Investidores também aguardam os anúncios iniciais de medidas econômicas. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que as medidas serão anunciadas esta semana. Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne com secretários e assessores em Brasília.

O dólar comercial apresenta alta nesta manhã. Às 10h10 (horário de Brasília), o avanço era de 0,39%, com a moeda negociada a R$ 5,22.

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