Com o encerramento da sexta edição, o PDeC (Programa Diversidade em Conselho) qualificou 33 mulheres para assentos em conselhos de administração e, ao todo, já formou 172 profissionais para essas posições. O programa, uma iniciativa conjunta entre o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), a WCD (Women Corporate Directors) e outros membros independentes tem como objetivo contribuir para o desempenho sustentável das empresas brasileiras por meio da ampliação da diversidade em seus conselhos de administração.
O programa oferece mentoria individual, cursos e treinamentos híbridos e eventos e palestras para troca de conhecimento e melhores práticas. A estruturação da mentoria auxilia as participantes a perceberem a diferença de atuação entre ser uma executiva e uma conselheira. Além disso, o projeto conta com capacitação estratégica com foco em governança corporativa e troca de informações relevantes sobre integridade, gestão de riscos, prestação de contas, inovação, transformação digital e questões ambientais e sociais.
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“Nós precisamos entrar nos conselhos e gerar impacto em crescimento, em geração de PIB, em transformação nas companhias, em experiências individuais de competências técnicas”, afirma Adriana Muratore, diretora do PDeC e conselheira de administração. A abertura da próxima turma do PDeC será em março de 2023.
Para que o programa aconteça, o PDeC conta com um grupo de mentores e mentoras, além de diversos outros profissionais que atuam de forma voluntária na formação das novas conselheiras, além das entidades organizadoras que atuam pro-bono, viabilizando a sua realização.
Troca de experiências e de indicações
A participação no programa estimula a confiança de conselheiros e conselheiras experientes para indicar as profissionais qualificadas com capacitações estratégicas e que passam pela mentoria e por um rigoroso processo de seleção. Também, o formato do programa reforça a rede de troca de informações entre participantes, entidades e organizações.
A metodologia do PDeC proporciona ao menos seis encontros entre as participantes e seus mentores. O match é feito de forma cuidadosa, levando em conta os perfis distintos das candidatas e a diversidade cognitiva para garantir uma melhor transição da carreira executiva para a atuação em conselhos.
Desenvolvimento econômico com mais mulheres nas empresas
Apesar do número de conselheiras ter aumentado em 2022 no Brasil, muitas organizações ainda enxergam a inclusão dessas profissionais somente como uma pauta de diversidade e não como um motor ao seu crescimento econômico. Ao contrário disso, o Banco Mundial estima em US$ 160 trilhões (R$ 855 trilhões) o valor que os países estão perdendo devido à desigualdade de gênero no trabalho.
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Por sua vez, o relatório “Como bolsas de valores podem avançar na igualdade de gênero” (“How Stock Exchanges Can Advance Gender Equality”, em inglês) mostra que empresas com políticas para a igualdade de gênero são melhores em atrair e reter talentos. Finalmente, um estudo publicado pela Harvard Business Review analisou 163 empresas por 13 anos e concluiu que, entre as que têm mais mulheres nos cargos de liderança, há maior abertura para mudanças, menor propensão a risco e maior foco em inovação.
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