O Ibovespa iniciou o pregão de hoje (16) em queda de 0,20%, aos 103.528 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília). Em dia sem grandes novidades na agenda doméstica, o principal índice da B3 opera em linha com o exterior, uma vez que o aumento das taxas de juros pelos principais bancos centrais alimenta temores de uma recessão econômica.
Na quarta-feira (14), o banco central dos Estados Unidos aumentou sua taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, como esperado, além de projetar que os juros subirão pelo menos mais 0,75 p.p. até o final de 2023. O Fed também previu aumento no desemprego e uma quase estagnação do crescimento econômico.
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Os participantes do mercado monetário esperam pelo menos duas altas de 0,25 ponto percentual na taxa básica no próximo ano e os custos de empréstimos atingirão um pico de cerca de 4,9% até o meio do ano, antes de cair para cerca de 4,4% até o final de 2023.
Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o Dow Jones futuro tinha queda de 0,92%, aos 33.129 pontos, o S&P 500 caía 0,90%, aos 3.892 pontos, e o Nasdaq recuava 0,48%, aos 11.401 pontos.
Ontem (15), o Banco da Inglaterra aumentou a taxa básica de juros para 3,5%, ante 3,0%, nona alta consecutiva. O BoE tenta acelerar o retorno da inflação à meta depois que o crescimento dos preços atingiu uma máxima de 41 anos em outubro.
O Comitê de Política Monetária do banco central britânico votou por 6 a 3 a favor da alta, e disse que “mais aumentos na taxa de juros” podem ser necessários para enfrentar o que teme que possam ser pressões inflacionárias internas persistentes dos preços e salários.
Já o Banco Central Europeu reduziu o ritmo de altas das taxas de juros, mas enfatizou que haverá à frente aperto monetário significativo. O BCE ainda apresentou planos para drenar dinheiro do sistema financeiro como parte de sua luta contra a inflação desenfreada.
Por lá, a inflação disparou desde que as economias reabriram após a pandemia de Covid-19, impulsionada por gargalos no fornecimento e depois pelo aumento dos custos de energia após a invasão russa da Ucrânia.
Na Ásia, as Bolsas encerraram o pregão majoritariamente em queda, com exceção de Hong Kong. O mercado sentiu a pressão dos temores sobre a perspectiva da economia mundial. Em Tóquio, o Nikkei terminou a sessão em queda de 1,87%. Já em Hong Kong, o Hang Seng avançou 0,42%.
Em Taiwan, o Taiex recuou 1,40% e, na Coreia, o Kospi fechou praticamente estável, com variação negativa de 0,04%. Na China, o Xangai caiu 0,02% e Shenzhen recuou 0,75%.
O dólar tinha queda de 0,35% frente ao real, a R$ 5,2960. (Com Reuters)
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