O Girabank, banco digital fundado em junho deste ano pelo Under 30 de 2021 Carlinhos Maia, está em busca de investidores para crescer. No entanto, o processo de captação escolhido por Maia e seus sócios permite que qualquer pessoa se torne um investidor.
A oferta pública está disponível na plataforma de tokenização DIVI-Hub, com investimento inicial a partir de R$ 10. Cada investidor que adquirir um token (chamado de “divi”) terá direito a uma participação nos lucros do banco digital.
Com um objetivo de captação de R$ 10 milhões, o banco digital cedeu 2,55% dos lucros aos seus novos sócios. O recurso arrecadado será utilizado na expansão de produtos financeiros e não financeiros, com foco nas áreas de marketing, tecnologia e operacional.
Maia iniciou a oferta pública ontem (15), às 21h (horário de Brasília). Pouco tempo depois, o aplicativo da DIVI-Hub atingiu 10 mil acessos simultâneos. Em 12 horas de captação aberta, o banco digital conseguiu 5.000 novos sócios.
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Dados atualizados às 15h (horário de Brasília) de hoje (16), mostram 6.783 aportes antes de completar 24 horas, com 20 mil “divis” adquiridos por investidores e um ticket médio de R$ 30. Ao todo, a captação soma R$ 216 mil.
“Desde o início do Girabank, nos empenhamos para que ele transforme realidades de maneira descomplicada e com a missão de suprir a necessidade de serviços bancários para as classes C e D. Somos o primeiro banco digital no Brasil a realizar esse tipo de captação, tornando nossa fintech ainda mais inclusiva e comprometida”, disse Maia, em nota à Forbes.
A oferta pública pode durar seis meses, ou terminar antes do prazo se atingir o objetivo dos R$ 10 milhões.
Fãs-sócios do Girabank
“Essa captação é muito especial, pois mostra o poder de engajamento de um influenciador com apoio de uma rede que é muito fiel. A novidade e disrupção não é captar R$ 10 milhões, não é o dinheiro em si, mas transformar essas pessoas que são fãs em acionistas”, diz Ricardo Wendel, fundador e CEO da DIVI-Hub.
A plataforma é homologada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para oferecer contratos de investimento coletivo. Na prática, a operação é de crowfunding, mas os investidores que compram os “divis” recebem um contrato de valor mobiliário que concede participação na empresa.
> Leia também: Tokenização de tudo: nova forma de captar dinheiro e de investir
Pedro Marrey Sanchez, fundador e sócio do Girabank ao lado de Carlinhos Maia conta que o banco digital nasceu com essa visão de mercado mais inclusiva e consciente da identificação direta dos seguidores do Carlinhos Maia com o produto, por isso a escolha da DIVI-Hub para fazer a captação financeira.
“Os clientes e não clientes terão uma oportunidade única de ter acesso a um tipo de investimento antes inacessível. Eles poderão ser sócios de um banco e de um dos negócios de seu influenciador preferido!”, diz Sanchez.
O fundador da Girabank destaca que a captação com menos de 24 horas de duração conseguiu mais investidores pessoas físicas do que 90% dos IPOs na bolsa de valores brasileira. A média dos 15 IPOs da B3 em 2021 foi de 5,6 mil pessoas. A captação do Girabank está em 7 mil pessoas.
“Estamos extremamente felizes porque nossa principal motivação é a democratização de investimentos e porque o mercado recebeu nossa iniciativa com ótimos olhos”, afirma o sócio do Carlinhos Maia.
Atualmente o Girabank oferece os serviços de transferências via Pix, depósitos e pagamentos de contas, cartões na modalidade crédito pré-pago e clube de vantagens. Para o próximo ano, Sanchez elenca os planos do banco: lançamento do cartão pós-pago (Giracell), empréstimo com FGTS, subconta de usuários, serviço de adquirência e criptomoedas.
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