Apesar de ter sido criado em 2020, o aplicativo indiano de mensagens Koo tornou-se conhecido massivamente pelos brasileiros em novembro. Com a aquisição do Twitter por Elon Musk e algumas mudanças relacionadas à plataforma, o app alternativo acabou ganhando espaço, sobretudo pelos memes gerados em torno do nome. Em um período de 9 dias, no mês de novembro, o Koo foi de 2 mil para 2 milhões de usuários no Brasil.
De acordo com Aprameya Radhakrishna e Mayank Bidawatka, criadores da plataforma, o nome remete a um recurso linguístico que imita o som de um pássaro. Segundo Rodrigo Thedim, Head de Marketing e Vendas da RankMyApp – empresa especializada em mobile marketing -, ainda é cedo para definir se a nova rede vai vingar ou não passar de um hit instantâneo. Mas é fato que os números recentes do Koo no Brasil chamam a atenção tanto em downloads quanto em avaliações.
“Em termos de ratings (avaliações), o estudo da RankMyApp coletou informações entre os dias 22 e 25 de novembro, em que observamos um aumento considerável (0,2) do rating médio do Koo. Isso equivale a um aumento de cerca de 4% em 4 dias”, explica o executivo. “No mesmo período, o Twitter se manteve estável, o que pode denotar não necessariamente um descontentamento com a gigante azul, mas a busca por um novo app caso o cenário do Twitter sofra alguma baixa futura”, acrescenta.
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Já em relação a números estimados de downloads dos dois apps, ainda de acordo com o estudo da RankMyApp, o Koo apresenta uma queda gradual, menos acentuada entre os dias 22 e 25 de novembro, enquanto o Twitter sofreu uma queda brusca, de cerca de 41,7% no número de novos downloads. “Foi justamente no dia 23 de novembro que Elon Musk lançou uma enquete na rede para debater sobre anistia às contas suspensas, o que gerou temor por parte dos usuários. A repercussão foi extremamente negativa”, pontua Thedim.
Para Thedim, a rápida ação do time Koo foi fundamental para melhorias que garantiram conforto à massa recém-chegada de brasileiros na plataforma, o que contribuiu para o bom desempenho em diversos quesitos, com destaque a ‘Atendimento ao Consumidor’. “Desde o início, eles trabalharam de uma forma pessoal e descontraída de contato, com bom humor, linguagem adequada e muita reverência ao Brasil. Isso certamente motivou as boas avaliações. Daqui para frente, é importante que olhemos como os números se mantêm e tiremos como lição que as regras do jogo podem mudar”, finaliza Rodrigo Thedim, Head de Marketing e Vendas da RankMyApp.
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