As exportações totais de carne bovina do Brasil, considerando produtos in natura e processados, alcançaram 173,7 mil toneladas em novembro, uma desaceleração comparada aos quatro meses anteriores, em que o país manteve embarques acima de 200 mil toneladas por mês, mostraram dados da associação de frigoríficos Abrafrigo nesta terça-feira (6).
O volume, no entanto, supera em 65,2% o total embarcado em novembro do ano passado, quando a principal compradora da proteína brasileira, a China, estava com negociações suspensas devido a casos atípicos da doença mal da vaca louca no Brasil.
Segundo a Abrafrigo, apenas 242 toneladas de carne bovina do país sul-americano entraram no mercado chinês em novembro de 2021. No mesmo mês deste ano, o volume foi de 95 mil toneladas.
A receita obtida pelo Brasil com as exportações da proteína em novembro atingiu US$ 872,7 milhões, também uma desacelação diante do patamar de US$ 1 bilhão que vinha sendo alcançado mensalmente em 2022, mas acima dos US$ 501 milhões registrados um ano antes, informou a associação com base em dados compilados do governo federal.
Suínos
No setor de carne suína, as exportações totais (considerando produtos in natura e processados) do país atingiram 93,4 mil toneladas em novembro, alta de 17,8% na variação anual, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Em receita, o avanço foi de 35,1% no mesmo comparativo, para US$ 230,5 milhões, mostraram os dados.
A China, principal destino das exportações brasileiras de carne suína, incrementou suas compras em 95% em relação ao mesmo período do ano passado, com 42,8 mil toneladas.
A ABPA também destacou o Chile, que assumiu pela primeira vez o segundo lugar como destino dos embarques do Brasil, com 7,7 mil toneladas (+53%).
“Temos expectativas positivas sobre o fechamento deste ano, e espera-se impactos ainda mais positivos com a abertura dos mercados do México e do Canadá, dois dos maiores importadores de carne suína do planeta, que neste ano abriram suas portas para o produto brasileiro”, disse em nota o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
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