A nossa pele exige cuidados ao longo de todo o ano, mas é no verão que a atenção deve ser redobrada, já que os raios solares podem potencializar o envelhecimento precoce e diversos outros problemas. A boa notícia é que com o uso de ingredientes antioxidantes, como a vitamina C, é possível prevenir e combater os danos causados pelo sol.
O problema é que, com tantas opções disponíveis no mercado, pode ser difícil decidir qual produto comprar. Sendo assim, a especialista em dermatocosmética, Ludmila Bonelli, listou 4 pontos indispensáveis para prestar atenção antes de optar por um cosmético com vitamina C. Confira:
Atente-se ao tipo de vitamina C
Nem toda vitamina C é igual, pelo contrário! Existem opções que entregam melhores resultados, como a versão encapsulada em permeadores biocompatíveis de silício orgânico, encontrada nos rótulos dos cosméticos como ascorbosilane C.
Além de atingir camadas mais profundas da pele e atuar de forma mais rápida, essa tecnologia “garante a eficácia do tratamento por muito mais tempo, pois impede a oxidação dos ativos encapsulados, o que é especialmente importante no caso da vitamina C, que, quando pura, tende a oxidar com facilidade se exposta ao ar, perdendo sua eficácia”, destaca Ludmila.
Outra grande vantagem, segundo ela, está no fato do silício orgânico possuir uma poderosa propriedade hidratante que previne o ressecamento, a desidratação e a descamação da pele.
A vitamina C é incolor e não tem cheiro – Foto: Shutterstock
Cuidado com a coloração
Por ser um ativo encontrado principalmente em frutas cítricas, como a laranja, muita gente pensa que a vitamina C possui uma coloração alaranjada. Mas, de acordo com a especialista, seu uso tópico é quase transparente.
“O que faz com que alguns cosméticos possuam um tom mais amarelado ou alaranjado é a adição de corantes na fórmula para que tenham um apelo mais chamativo. O problema é que esses corantes podem prejudicar a saúde do tecido cutâneo, podendo até mesmo causar reações em peles mais sensíveis”, diz Ludmila.
Por isso, ela recomenda utilizar produtos com uma coloração mais neutra, que além de serem mais seguros, também permitem identificar se a vitamina C está oxidada, já que tende a escurecer ao passar por esse processo. Isso é um indicativo de que ela já não seja mais tão eficaz.
O cheiro também é importante
Segundo a especialista, a vitamina C também não tem cheiro! “A vitamina C é praticamente inodora, não possuindo cheiro. Então, ao optar por um produto, preste atenção ao cheiro, que não deve ser forte ou desagradável. Esse é outro indício que o produto pode estar oxidado”, alerta.
Associação com outros ativos
A vitamina C, por si só, já é extremamente eficaz no tratamento da pele. Porém, quem quiser alcançar resultados ainda melhores, pode associá-la a outras substâncias, como a niacinamida.
“Enquanto a niacinamida age reduzindo a inflamação da pele e impedindo que a melanina, pigmento que dá cor à pele, alcance as camadas mais superficiais do tecido cutâneo, a vitamina C inibe a produção desse pigmento”, explica.
Juntos, esses dois ativos são capazes de prevenir e clarear significativamente as manchas, tornando a pele mais uniforme e luminosa.
Nem todos os produtos com o ativo são iguais – Foto: Shutterstock
Outra substância que pode ser combinada com a vitamina C é o sérum. “A grande vantagem de usar a vitamina C em sérum é que, além de possuir uma textura mais leve e fluida que garante absorção mais rápida sem deixar a pele com aspecto brilhante ou pegajoso, esse tipo de produto tende a ter uma fórmula mais concentrada e com maior penetração da pele, garantindo assim eficácia potencializada e resultados mais rápidos”, destaca Bonelli.
Como usar a vitamina C na pele?
O ativo pode ser usado tanto de manhã, antes da aplicação do protetor solar, quanto à noite, na rotina de skincare. Inclusive, até quem tem a pele oleosa e acneica pode usá-lo. “Existe uma crença de que a vitamina C deixa a pele mais oleosa e favorece o surgimento de cravos e espinhas, o que não é verdade. Tudo depende da formulação e do veículo do produto. Ela, por si só, é capaz, inclusive, de reduzir poros dilatados e ajudar a controlar a produção de oleosidade”, afirma.
O importante é escolher o produto mais adequado para a sua pele e, na dúvida, consultar um dermatologista para receber uma orientação individualizada e que seja indicada para o seu perfil!
Fonte: Ludmila Bonelli, cosmiatra especialista em dermatocosmética e diretora científica da Be Belle.