Criptomoeda de “Star Trek” manda dinheiro de investidor para o espaço

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Ilustração/Forbes

Bitcoin Latinum

Apenas os fãs do seriado de ficção científica “Jornada nas Estrelas” (“Star Trek”) devem conhecer o Latinum, moeda fictícia criada pelos roteiristas do programa. Porém, mais imaginativos são os criadores de criptomoedas, que emitiram a pouco conhecida Bitcoin Latinum. Criativos e fraudadores. O investidor Arshad Assofi está acusando os emissores de terem feito US$ 15 milhões (R$ 80 milhões) de seu patrimônio desaparecerem, como se houvessem sido teletransportados (contém referências para “trekkies”).

O advogado de Assofi declarou em novembro que o Bitcoin Latino é uma fraude. Segundo ele, os emissores alegavam que a criptomoeda é “mais verde” e “mais rápida”. Don Basile, criador da moeda, teria dito a Assofi que a empresa havia recebido “US$ 20 milhões dos produtores de Star Trek” e de outros investidores que não existiam.

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A Paramount, que produziu a série e seus numerosos spinoffs, negou qualquer conexão com a criptomoeda. “Ninguém aqui conhece essa empresa ou esse ‘Bitcoin Latinum’“, informou o estúdio. “Isso não é algo em que Star Trek esteja oficialmente envolvido.”

Porém, Carlos Nevarez, diretor de marketing da Bitcoin Latinum, disse à Forbes que Basile nunca mencionou um investimento dos produtores de Star Trek, e acrescentou que as alegações de Assofi são falsas. “[Assofi] comprou moedas e elas perderam valor”, disse Nevares. Eugene Rome, advogado de Assofi, não concedeu entrevista.

O Bitcoin Latinum foi apoiado por Phil Hellmuth, um jogador de pôquer profissional muito conhecido nos Estados Unidos. Hellmuth foi fotografado em mesas de pôquer usando bonés com o símbolo da Bitcoin Latinum, o que divulgor a criptomoeda entre os jogadores profissionais.

Basile foi CEO de duas startups de tecnologia e fundou uma empresa de propósito específico (Spac) em Las Vegas. Ele e a Bitcoin Latinum – Violin Memory e Fusion-IO -. Mais recentemente, Basile fundou Roman DBDR, um SPAC com sede em Las Vegas, entre outros empreendimentos.

A Bitcoin Latinum e Basile já foram processados duas vezes neste ano por investidores prejudicados, que também alegaram fraude. Os advogados da Bitcoin Latinum contestaram dizendo que a empresa não violou nenhuma lei de valores mobiliários. Em uma declaração em seu site o Bitcoin Latinum chamou esses processos de “frívolos”. E em novos documentos apresentados na terça-feira (29), os advogados da Bitcoin Latinum indicaram que tentariam arquivar o caso.

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