O trigo negociado em Chicago ampliou as perdas hoje (2) para uma nova mínima de três meses, uma vez que as modestas exportações semanais dos EUA mantiveram o foco dos traders na concorrência com os suprimentos mais baratos do Mar Negro.
O milho também caiu, enquanto a soja se recuperou, consolidando-se após uma liquidação na sessão anterior devido aos níveis decepcionantes dos biocombustíveis nos EUA.
O contrato de trigo mais ativo na CBOT (Bolsa de Chicago) perdeu 2,8% a US$ 7,61 (R$ 39,54) o bushel, caindo para o preço mais baixo para um contrato mais ativo desde 19 de agosto.
Uma safra recorde na Rússia e um canal de exportação de grãos da Ucrânia aumentaram a competição para os suprimentos dos EUA.
“Estamos preocupados com a Ucrânia e a Rússia. Eles continuam inundando o mercado mundial com trigo e seus preços são muito mais baratos do que os nossos”, disse Jack Scoville, vice-presidente do Price Futures Group.
O USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) disse ontem (1) que as vendas de exportação de trigo dos EUA totalizaram 162,5 mil toneladas na semana encerrada em 24 de novembro, bem abaixo das previsões dos analistas, que variavam entre 300 mil toneladas a 725 mil toneladas.
O milho caiu 2,2% para US$ 6,46 (R$ 33,57) o bushel e também enfrenta preocupações com a queda na demanda por exportação, disse Scoville.
Já a soja na CBOT fechou em alta de 0,6% a US$ 14,38 (R$ 74,73) o bushel, depois de encontrar suporte técnico logo acima da mínima de ontem (1) de US$ 14,25 (R$ 74,05).
A soja e os mercados de commodities mais amplos foram sustentados nas últimas sessões por sinais de que a China estava suavizando as regras contra a Covid-19 após raros protestos públicos na segunda maior economia do mundo.
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