O Ibovespa iniciou os primeiros negócios de hoje (23) em queda de 0,39%, aos 108.609 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília). O principal índice da B3 opera na contramão de seus pares globais, que sobem à espera da ata do Fomc — que pode trazer mais sinalizações sobre a política monetária nos Estados Unidos.
O documento da reunião de 1 a 2 de novembro pode mostrar o tamanho de qualquer desentendimento que tenha começado a surgir no banco central, conforme o Fed encerra o esforço para aumentar os juros e começa a avaliar passos menores para uma eventual parada.
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O que não está claro: até que ponto as autoridades do Fed acham que precisam aumentar os juros, e com que intensidade o senso de risco está mudando para preocupações sobre “exceder” e causar mais danos à economia do que o necessário para controlar a inflação.
Neste ponto, o chair do Fed, Jerome Powell e até as autoridades mais tradicionalmente “dovish” permanecem alinhados com novos aumentos, e Powell disse que os riscos são de fazer muito pouco para corrigir o pior surto de inflação desde a década de 1980.
A agenda de indicadores econômicos dos EUA está cheia. Mais tarde, investidores saberão a leitura preliminar do índice de gerente de compras (PMI), do Índice de Confiança do Consumidor e os dados de pedidos de seguro-desemprego.
Por volta das 10h, o Dow Jones Futuro subia 0,07%, o S&P 500 avançava 0,17% e o Nasdaq tinha alta de 0,32%.
Ainda no exterior, as notícias sobre casos de Covid na China continuam no radar.
Na Ásia, as ações da China foram negociadas em uma faixa estreita e terminaram em alta nesta quarta-feira, impulsionadas por uma nova rodada de políticas de suporte ao financiamento imobiliário. As ações de Hong Kong se recuperaram após uma série de cinco dias de perdas.
O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com alta de 0,1%, enquanto o índice de Xangai subiu 0,26%. O índice Hang Seng de Hong Kong teve ganho de 0,57%.
O dólar tinha leve alta de 0,11% frente ao real nos primeiros negócios desta quarta-feira, a R$ 5,3822, em movimento de ajuste depois do salto da véspera. Ontem (22), a moeda norte-americana à vista fechou em alta de 1,29%, a R$ 5,3798 na venda.
Na cena doméstica, preocupações sobre o cenário fiscal do país ainda minam o ânimo dos investidores, que também monitoram os desdobramentos do questionamento feito pela coligação do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o resultado da eleição. (Com Reuters)
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