Quando o Catar iniciar a primeira partida da Copa do Mundo de 2022, contra o Equador, na tarde de hoje (20), o mundo finalmente testemunhará o resultado final de uma das maiores campanhas de capital da história da humanidade.
O ministro das finanças do Catar disse em 2017 que o país estava gastando US$ 500 milhões por semana em projetos de infraestrutura – incluindo estradas, hotéis, estádios e atualizações de aeroportos – para preparar a pequena nação do Oriente Médio para sediar o maior evento esportivo do mundo.
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Esta será, de longe, a Copa do Mundo mais cara da história. Estima-se que o Catar tenha gasto até US$ 220 bilhões em doze anos desde que foi escolhido como sede da Copa do Mundo, no final de 2010 – mais de 15 vezes o que a Rússia gastou para o evento de 2018.
O país está sob intensa observação pelas centenas, potencialmente até milhares, de trabalhadores, muitos dos quais são de outros países, que morreram enquanto trabalhavam sob condições intensas por um salário mínimo para manter os grandes projetos nos trilhos.
Mesmo agora, não está claro se o “risco ousado” que o Catar pediu à FIFA para permitir que o país seja o anfitrião valerá a pena para a organização ou para o país de origem. O ex-presidente da Fifa Joseph Blatter disse na semana passada que a decisão de deixar o Catar sediar foi uma “má escolha”.
“É um país muito pequeno”, disse Blatter ao jornal suíço Tamedia. “O futebol e a Copa do Mundo são grandes demais para isso.”
Qualquer controvérsia em potencial fará pouco para diminuir as grandes quantias de dinheiro investidas, patrocinadas, jogadas ou ganhas durante o fenômeno global de 29 dias. Antes do início da Copa do Mundo, estes são os valores mais importantes:
US$ 42 milhões: o prêmio em dinheiro concedido à equipe que vencer o torneio. A FIFA permite que cada equipe decida qual parte do valor os jogadores receberão.
US$ 60 milhões: O valor anual do acordo da Nike para patrocinar a Federação Francesa de Futebol. A Nike tem acordos de vários tamanhos com 13 nações no campo de 32 equipes, mais do que qualquer marca de vestuário.
Sete times usarão uniformes da Adidas e seis da Puma. New Balance, Hummel, Kappa, Majid, Marathon e One All Sports patrocinam uma nação cada.
US$ 128 milhões: o jogador mais bem pago é o francês Kylian Mbappé, que faturará US$ 18 milhões em campo este ano por meio de seu contrato com o Paris Saint-Germain, e outros US$ 110 milhões fora de campo, segundo estimativas da Forbes.
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Ele poderia ganhar um bônus adicional relativamente pequeno com base nos resultados da França no torneio.
US$ 209 milhões: a quantia que os clubes de futebol de todo o mundo recebem de um fundo reservado pela FIFA para recompensá-los pelo desenvolvimento de jogadores que jogam no torneio por suas seleções nacionais. O valor é de aproximadamente US$ 10 mil por dia por jogador. O fundo triplicou desde a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
US$ 277 milhões: a quantia amplamente divulgada que David Beckham recebeu do Catar para servir como embaixador na Copa do Mundo de 2022, pago em parcelas ao longo de 10 anos.
US$ 440 milhões: a premiação total da Copa do Mundo de 2022, acima dos US$ 400 milhões em 2018. Em comparação, a premiação da Copa do Mundo Feminina de 2019 foi de US$ 30 milhões.
US$ 1,7 bilhão: os custos cobertos pela FIFA para a Copa do Mundo deste ano, com os maiores gastos sendo prêmios em dinheiro, despesas operacionais, como hospitalidade e logística (US$ 322 milhões), e operações de TV (US$ 247 milhões).
US$ 1,8 bilhão: o valor estimado para ser apostado na Copa do Mundo deste ano apenas nos Estados Unidos, de acordo com a American Gaming Association. Mais de 20 milhões de americanos são esperados para apostar no evento.
US$ 4,7 bilhões: receita esperada da FIFA com a Copa do Mundo, de acordo com o orçamento de 2022. Os direitos de transmissão de TV representam US$ 2,64 bilhões e os direitos de marketing representam outros US$ 1,35 bilhão, enquanto a venda de ingressos e os direitos de hospitalidade somam US$ 500 milhões.
US$ 6,5 bilhões a US$ 10 bilhões: o intervalo de estimativas sobre quanto o Catar gastou para construir sete estádios de futebol para a Copa do Mundo deste ano.
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Após o evento, partes dos estádios serão desconstruídas e doadas a outros países, e os prédios reaproveitados em espaços comunitários para escolas, lojas, cafés, instalações esportivas e clínicas de saúde. Um local, o Estádio 974, foi construído com contêineres reciclados e será totalmente desmontado e removido.
US$ 14,2 bilhões: custos totais da Rússia associados à realização da Copa do Mundo de 2018, de acordo com o Moscow Times. Os maiores itens incluíram infraestrutura de transporte (US$ 6,11 bilhões), construção de estádios (US$ 3,45 bilhões) e acomodações (US$ 680 milhões).
US$ 220 bilhões: Um custo estimado do que o Catar gastou nos últimos dez anos em preparação para a Copa do Mundo. Funcionários do governo nunca confirmaram o número, mas, em 2017, o ministro das finanças do Catar disse que o país estava gastando US$ 500 milhões por semana em projetos.
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