Liderança é liderança em qualquer lugar, seja numa sala de reuniões ou em um campo de futebol. Com o início da Copa, nesse domingo (20), veremos como líderes influenciam sua equipe em pleno movimento, a cada jogo. Motivação da equipe, busca por resultados e gestão de conflitos são algumas das questões que qualquer líder precisa encarar. “Ter consciência do estilo de liderança de cada ajuda a trazer o time para perto de você, a colocar todo mundo trabalhando com o mesmo objetivo”, diz Guilherme Filgueiras, gerente executivo do PageGroup, consultoria de recrutamento executivo, que listou o perfil de liderança dos técnicos de algumas das seleções que participarão do mundial. Veja alguns deles:
Leia também: Copa do Mundo: Catar gastou R$ 1 trilhão, 20 vezes mais que Rússia
Tite (Brasil)
O técnico do Brasil continuou tendo grande destaque no comando da seleção ao dar continuidade à reconquista da confiança dos torcedores, mesmo após a derrota da Copa do Mundo de 2018. Parte desse sucesso está na experiência adquirida pelo treinador e a sua busca pela excelência nos resultados.
Perfil de Liderança: o estilo Tite é autêntico e voltado, sempre, para a obtenção dos melhores desempenhos. Experiente, é um líder que sabe extrair o máximo de rendimento dos talentos disponíveis. Por já ter grande experiência em clubes e também em edições de Copa do Mundo, sabe conquistar a confiança e a admiração dos liderados.
Analogia com o mundo corporativo: líder com muita experiência e que busca sempre o melhor desempenho. Tem boa gestão de grupo e sabe extrair o melhor da equipe.
Hansi-Flick (Alemanha)
Continuidade e aprimoramento. O técnico da Alemanha foi aluno de uma das maiores transformações de seleções da história, juntamente com Joaquin Löw, seu antecessor. Agora, Hansi Flick tem a responsabilidade de dar continuidade no trabalho e aprimorar o processo de reformulação do elenco alemão para a disputa na Copa.
Perfil de liderança: o técnico é respeitado pela carreira de sucesso como auxiliar na transformação da seleção. Ao conquistar sete títulos como técnico do Bayern de Munique, Flick era nome mais do que certo para substituir Löw. Nessa seleção, junta peças experientes com a grande quantidade de jovens talentosos em seu primeiro grande desafio como principal nome no comando do futebol alemão.
Analogia com o mundo corporativo: líder que trabalha com ciclos longos e visa o bom equilíbrio da equipe.
Gareth Southgate (Inglaterra)
Gestão de carreira – essa é a expressão quase perfeita para definir a ascensão profissional de Gareth Southgate. Surgiu como treinador das categorias de base e liderou a seleção inglesa em duas copas do mundo.
Perfil de liderança: Inicialmente desconhecido pelo público em geral, Southgate é peça importantíssima na mudança do estilo de jogo e da filosofia dos ingleses, aliando muita juventude e inovação aos profissionais da seleção. Gareth é um líder bem-humorado e muito atento aos mais variados talentos da Inglaterra. Uma de suas principais marcas é a adaptação com o mundo digital e a tecnologia.
Analogia com o mundo corporativo: o líder que sabe selecionar e reter jovens talentos.
Lionel Scaloni (Argentina)
Determinação, motivação e confiança: essas são algumas das definições para o técnico argentino. Considerado como interino, tapa-buraco e subestimado pela maioria, o treinador assumiu um desafio que muitos outros rejeitaram. Teve sucesso no processo de restaurar a confiança e levar a Argentina à Copa do Mundo de 2022 como uma das grandes favoritas ao título.
Perfil de liderança: Mesmo sendo uma tarefa difícil para os hermanos, Scaloni conseguiu juntar talento, desempenho e resultado e está invicto no comando há 35 jogos.
Analogia com o mundo corporativo: líder que sabe trabalhar com tarefas difíceis e sob pressão, além de melhorar o ambiente.
Luis Enrique (Espanha)
Reorganização de rota – experiente e consolidado em solo espanhol, Luis Enrique assumiu o comando da seleção com a missão de fazer uma grande reformulação no elenco e gerir turbulências externas. O técnico tem a responsabilidade de retomar a confiança dos jogadores experientes junto da chegada de muitos jovens para a Copa de 2022.
Perfil de liderança: Mesmo vindo de uma gloriosa escola como a do técnico do Manchester City Pep Guardiola, Luis Enrique é aberto a reinvenções e tem fácil adaptação a variados estilos. Assume trabalhos desafiadores e quase sempre supera as expectativas.
Analogia com o mundo corporativo: líder com trabalhos relevantes e consolidados disposto a se reinventar e assumir novos desafios.
Kasper Hjulmand (Dinamarca)
Surpresa, um novato com alto potencial. Essa é a melhor definição para o técnico que irá comandar a seleção da Dinamarca. Kasper Hjulmand assumiu a equipe em 2020 e já levou os dinamarqueses a uma semifinal da Eurocopa. Mesclando jogadores jovens e experientes, o treinador conseguiu trazer um inovador e surpreendente estilo de jogo, superando desafios difíceis, como a perda de seu principal jogador Cristian Eriksen durante a disputa do torneio.
Perfil de Liderança: consegue resultados e metas surpreendentes pela pouca experiência.
Analogia com o mundo corporativo: líder jovem, recém-chegado ao cargo e com potencial altíssimo de crescimento. Mesmo com a falta de experiência, consegue obter bons resultados no início de suas funções.
O post Liderança inspiradora: conheça o perfil dos principais técnicos da Copa apareceu primeiro em Forbes Brasil.