As vendas no varejo dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em outubro, impulsionadas pelas compras de veículos motorizados e uma série de outros bens, sugerindo que os gastos dos consumidores podem ajudar a sustentar a economia no quarto trimestre
O Departamento de Comércio informou hoje (16) que as vendas no varejo aumentaram 1,3% no mês passado. Os dados de setembro não foram revisados e mostram que as vendas ficaram estáveis.
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Economistas consultados pela Reuters projetavam aceleração das vendas de 1,0%, com estimativas variando de uma queda de 0,1% até um salto de 2,0%.
As vendas no varejo são em sua maioria bens e não são ajustadas pela inflação.
As vendas também foram impulsionadas pelo aumento dos preços da gasolina, o que elevou as receitas nos postos. Restituições de impostos na Califórnia, o que levou algumas famílias a receberem até 1.050 dólares em cheques de estímulo, também ajudaram a sustentar as vendas. Além disso, a Amazon realizou uma segunda promoção do Prime Day em outubro.
As economias acumuladas durante a pandemia da Covid-19 e fortes ganhos salariais em meio a um mercado de trabalho apertado têm ajudado os consumidores a enfrentar preços e custos de empréstimos mais altos.
Esse suporte deve desaparecer no próximo ano, uma vez que uma política monetária mais rígida amortece a demanda geral, pesando sobre o mercado de trabalho e a economia. Acredita-se que as famílias de baixa renda já tenham esgotado suas economias da pandemia.
A Federação Nacional de Varejo projetou este mês que as vendas de fim de ano crescerão entre 6% e 8% em 2022. Embora isso seja um retrocesso em relação aos 13,5% registrados em 2021, estaria bem acima da média de 4,9% dos últimos 10 anos.
O Federal Reserve elevou a taxa de juros em 3,75 pontos percentuais este ano, de quase zero para uma faixa de 3,75%-4,00%, em seu combate à inflação desenfreada, no que se tornou o ciclo de altas mais rápido desde os anos 1980.
Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços alimentícios, as vendas no varejo aumentaram 0,7% no mês passado. Os dados de setembro foram revisados para mostrar que o chamado núcleo das vendas varejistas aumentou 0,6%, de 0,4% informado anteriormente.
O núcleo das vendas corresponde mais estreitamente ao componente de consumo do Produto Interno Bruto.
Um ritmo constante de gastos do consumidor e uma conta de importação menor ajudaram o PIB a se recuperar a uma taxa anualizada de 2,6% no terceiro trimestre, após contração no primeiro semestre do ano.
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