Nesta segunda-feira (14) é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, data criada para alertar e relembrar a população dos cuidados necessários para controle da doença que, diferente do que muita gente pensa, não é causada exclusivamente pelo consumo excessivo de açúcar.
De acordo com o farmacêutico naturopata, Jamar Tejada, o diabetes é uma doença multifatorial, ou seja, envolve a combinação de fatores ambientais e genéticos. Mas é claro que abusar da ingestão de açúcar e de carboidratos, sem uma rotina de exercícios e sono de qualidade, pode favorecer o sobrepeso, a obesidade e, como consequência, o diabetes.
A má alimentação é um dos fatores que podem desencadear a diabetes – Foto: Shutterstock
“Engana-se ainda quem pensa que diabéticos não podem consumir carboidratos. Esses pacientes não só podem como devem consumi-los, já que esse macronutriente é fundamental para o bom funcionamento do organismo, sendo a principal fonte energética utilizada pelas células. Porém, a questão, como sempre, é o equilíbrio e observar sempre o índice e a carga glicêmica”, explica.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que menos de 10% do total de carboidratos consumidos em um dia sejam açúcares. No caso de crianças ou pessoas que precisam perder peso, essa taxa deve ser menor que 5%, segundo a OMS. No entanto, o brasileiro consome 50% a mais de açúcar do que a organização aconselha. Ou seja, em média, 18 colheres de chá do ingrediente por dia, sendo que o indicado é, no máximo, 12.
Cuidado com a alimentação
Também é preciso atenção ao consumo de produtos industrializados, onde o teor de carboidrato é considerado alto quando ele ultrapassa dois terços da porção total. “Tudo isso também depende da composição nutricional total do alimento que se tiver uma boa dose de fibras ou proteína, o índice glicêmico será menor, já que haverá uma redução na velocidade com que o carboidrato vira glicose no sangue”, comenta Jamar.
Por isso, o especialista lembra que toda dieta deve ser individualizada. Isso porque cada caso é um caso, e os alimentos podem variar de acordo com o tipo da doença, gravidade da condição, entre outros aspectos. Desta forma, ela deve ser sempre prescrita e acompanhada por um profissional de saúde.
Fonte: Jamar Tejada, farmacêutico graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil.