A exportação de café verde do Brasil somou 3,18 milhões de sacas de 60 kg em outubro, queda de 2,8% na comparação anual, mas ainda assim nos maiores níveis desde março, informou hoje (10) o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé).
Contudo, em cinco anos, o resultado da exportação de outubro de 2022 é o mais baixo, conforme dados do Cecafé, que citou problemas logísticos e menor oferta de café canéfora (robusta e conilon).
A exportação de café arábica do Brasil somou 3,07 milhões de sacas no mês passado, alta de 3,3% na comparação anual. Já os embarques de robusta/conilon ficaram em apenas 110.675 sacas, baixa de 63%.
De acordo com o presidente da entidade, Günter Häusler, não houve mudanças significativas no mercado exportador global, que segue com menor disponibilidade de contêineres para transporte do produto, uma vez que continuam os congestionamentos nos portos do Hemisfério Norte, principalmente EUA e Europa.
Segundo ele, o setor ainda lida com dificuldades para obtenção de bookings, rolagens de cargas e “custos muito altos, o que atrapalha o trabalho dos exportadores”.
Do ponto de vista da oferta, disse o dirigente, há maior demanda da indústria nacional pelos cafés canéforas, limitando o embarque dessa variedade.
Os embarques totais, incluindo o produto industrializado, somaram 3,471 milhões de sacas, queda de 3,2%. Em receita cambial, o resultado apresentou crescimento de 30,5% na mesma comparação, 852,5 milhões de dólares, maior nível desde 2011.
No acumulado dos quatro primeiros meses da safra 2022/23, o desempenho é similar, com as remessas ao exterior recuando 2,2% e a receita cambial avançando 44,1% frente ao mesmo intervalo.
De julho ao final de outubro deste ano, o Brasil exportou 12,288 milhões de sacas, que renderam 2,948 bilhões de dólares ao país, recorde histórico para o intervalo, com a alta dos preços.
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