Executivos do Banco do Brasil defenderam nesta quinta-feira sua política de remuneração a acionistas e o uso da “meritocracia” para definir a sucessão no comando, na esteira de resultados trimestrais surpreendentemente fortes.
“Consideramos que o atual nível de remuneração a acionistas (40% do lucro) é adequada”, disse em teleconferência com jornalistas o vice-presidente de finanças e de relações com investidores do banco, José Ricardo Forni.
O BB divulgou na véspera que teve no terceiro trimestre lucro ajustado de R$ 8,36 bilhões, alta de 62,7% sobre um ano antes e acima da previsão média de analistas. O desempenho veio na contramão de bancos privados, como Bradesco e Santander Brasil, que tiveram lucros menores.
Segundo Forni, a definição sobre qual percentual do lucro será distribuído em 2023 deve ser divulgada entre o mês que vem e janeiro do próximo ano.
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Os comentários vêm após a política do BB de remuneração a acionistas ter sido alvo de críticas do então candidato e agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que defendeu “enquadrar o Banco do Brasil”, por entender que bancos controlados pelo governo não poderiam ter os mesmos lucros dos bancos privados.
“Esse resultado só foi obtido por causa da governança do banco”, disse Forni nesta quinta-feira.
O presidente-executivo do BB, Fausto Ribeiro, por sua vez defendeu o uso da “meritocracia” como critério para definir a sucessão no comando do banco. Ribeiro, indicado pelo atual governo, disse que deve lidar pessoalmente com a equipe de transição de Lula, que assume em janeiro.
“A meritocracia é algo fundamental dentro do BB para processo de sucessão no banco”, afirmou ele.
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