AB InBev exporta tecnologia proprietária para BRF e mais onze países

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O BEES Force foi desenvolvido pelo BEES, em parceria com a Work & Co

Em abril deste ano, durante o Investor Day da Ambev, Jean Jereissati, CEO da companhia, destacou uma das premissas para o futuro: “não nos representa mais ser apenas uma empresa de bebidas”. No contexto da declaração, Jean reforçava o esforço recente e global para tornar a gigante de bebidas em um hub de tecnologia e inovação.

Essa diretriz do presidente já é realidade em vários aspectos. Em alguns de seus principais cases recentes de digitalização, a empresa já é fornecedora de tecnologia para outras marcas. É o caso da plataforma Zé Delivery que se tornou um marketplace para várias outros parceiros e da plataforma BEES que mantém em seu ecossistema marcas como GPA, BRF, dentre outras.

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Agora, a companhia dá um novo passo nesta dinâmica iniciando um projeto de exportação de tecnologia. Dentro da BEES, o sistema integrado de vendas e gestão BEES Force, desenvolvido em parceria com a Work & Co, nasceu como uma maneira de contribuir na transformação cultural dos vendedores e automatizar as dinâmicas do ponto de venda. Ela já é utilizada em 11 países e, recentemente, foi contratada pela BRF. O serviço já possui mais de 11,5 mil usuários e, de acordo com Thais Cavinatto, VP de BEES na AB InBev, uma perspectiva de expansão para outros parceiros.

“Permitir que outras grandes companhias como a BRF tenham acesso a nossa tecnologia é um ganha a ganha. A Ambev cresceu comprando empresas, Budweiser, Modelo no México, dentre muitas outras, e isso fez com que internamente tivéssemos vários sistemas de gestão. O BEES Force também nasce com esse objetivo de a partir de vários sistemas diferentes conseguir entregar um mesmo resultado de gestão e inteligência”, explica Thais.

O BEES Force já é utilizado em 11 países e, recentemente, foi contratado pela BRF

De acordo com a executiva, muito além do que um compilado de features, o BEES Force nasceu para mudar as jornadas dos representantes dos negócios, principalmente no longo prazo. “Com a criação de um algoritmo 100% proprietário tiramos as tarefas repetitivas dos nossos representantes e passamos a inserir nessa dinâmica funções mais estratégicas e que agreguem valor não só para as marcas, mas principalmente para os clientes”, explica.

Estratégia, processos e cultura

“Os negócios e as operações foram mudando junto com a construção do produto. Isso exigia muita flexibilidade no processo. Nossas equipes já preferem trabalhar de forma interativa e ágil, mas o escopo do projeto BEES Force realmente exigiu que usássemos essa metodologia. De certa forma, o conceito de design que criamos facilitou a visão de transformação do negócio, ajudando a tornar muito tangível o futuro que eles estavam construindo”, diz Renata Moraes, diretora na Work & Co, empresa parceira da ABI.

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Renata explica que um aspecto chave da abordagem de produto foi a necessidade de trazer uma competição saudável entre os representantes de vendas e gamificar a experiência. “Juntamente com nossos clientes, queríamos criar uma sensação de prazer ao trabalhar, além de tornar suas rotinas mais produtivas. Precisávamos estar atentos, no entanto, sobre como poderíamos trazer um senso de competição sem afetar a usabilidade. Não se tratava apenas de criar aspectos gamificados sozinhos – porque estamos falando de uma ferramenta de força de vendas, uma ferramenta de trabalho”, explica.

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