Startups brasileiras captaram R$ 2 bi em outubro

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O destaque do mês ficou com as fintechs, que levantaram US$ 250,2 milhões (R$ 1,2 bi) em 18 rodadas

As startups brasileiras tiveram em outubro o melhor resultado em captações de recursos desde junho deste ano, segundo dados do Inside Venture Capital da plataforma de inovação Distrito. O volume de investimentos aponta sinais de recuperação depois de o setor registrar em setembro a menor captação do ano.

Em outubro, foram levantados US$ 376,4 milhões em 54 rodadas (R$ 2 bi) , o que representa um aumento de 159% em relação aos US$ 145,3 milhões (R$ 729 milhões) captados em setembro em 42 rodadas. Apesar da melhora, o resultado de outubro ficou bem abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado, quando as startups levantaram US$ 924,8 milhões (R$ 4.6 bi) em 80 rodadas. Nos dez primeiros meses deste ano, os investimentos atingiram US$ 4,1 bilhões (R$ 20 bi), com 557 operações, comparados aos US$ 8 bilhões (R$ 40 bi) em 705 acordos registrados no mesmo período do ano passado.

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“As startups ainda estão enfrentando um cenário adverso por conta da menor liquidez no mercado puxada pelo ciclo de alta de juros no mundo inteiro e o ajuste no valor de mercados das empresas de tecnologia. Mas os números de outubro mostram que o mercado de venture capital no país é resiliente e que os investidores continuam encontrando boas oportunidades,” explica Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito.

“Um dado interessante é o aumento do apetite por investimentos em operações mais maduras,” completa o executivo. O chamado late stage, que engloba estágios de Series C em diante, teve seis rodadas no mês passado, com ticket médio de US$ 36,3 milhões (R$ 182 milhões). Em setembro, foram apenas duas operações, com ticket médio de US$ 39,1 milhões (R$ 196 milhões).

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O destaque do mês ficou com as fintechs, que levantaram US$ 250,2 milhões (R$ 1,2 bi) em 18 rodadas. A Cerc, primeira registradora de recebíveis autorizada a operar pelo Banco Central, captou US$ 100 milhões (R$ 502 milhões) em uma rodada Series C liderada pelo Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, e que contou ainda com recursos do Valor Capital. Outra fintech, o bureau de crédito Quod, levantou US$ 80 milhões (R$ 400 milhões) junto à LexisNexis Risk Solutions, empresa de avaliação de risco.

Em outubro, houve 10 fusões e aquisições, o que indica estabilidade em relação às 11 operações de setembro e queda se comparado aos 30 M&As em outubro do ano passado. A maior transação foi a compra de 75,1% da Isaac, que atua na gestão do fluxo financeiro de escolas, pela Arco Educação, dona dos sistemas de ensino COC, Ari de Sá e Dom Bosco, por US$ 150 milhões (R$ 753 milhões).

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