A B3 anunciou ontem (3) o lançamento de seu quarto índice ligado ao agronegócio. O IFBOI (Índice Futuro de Boi Gordo) é resultado de uma carteira teórica de contratos futuros de Boi Gordo. O objetivo é que o mercado consiga travar o preço da commodity em uma determinada data, protegendo-se de oscilações que possam comprometer sua produção.
“O novo índice dá ao mercado a possibilidade de criar produtos como ETFs (Exchange Traded Funds) e outros fundos que aproximem o investidor deste importante setor da economia”, afirma o gerente de Índices da B3, Henio Scheidt.
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Para efeito de comparação, a B3 calculou o retorno do índice desde 2017 até setembro deste ano. O retorno anualizado, ou seja, a taxa de crescimento ao ano, se considerado todo o período do cálculo, foi de 24,88%, ficando 3,88 pontos percentuais acima do Índice de Commodities Brasil.
Startup transforma efluente em fonte renovável de fósforo
A Itatijuca Biotech, empresa criada em 2014 em São Paulo (SP), anunciou nesta semana que conseguiu desenvolver uma solução para recuperar o fósforo dos efluentes de estações de tratamento de esgoto. A companhia produziu a estruvita, fonte alternativa e renovável de fósforo, que pode ser utilizado como um fertilizante fosfatado de liberação lenta, por causa da baixa solubilidade, e ainda fornecer nitrogênio e magnésio, macronutrientes essenciais para o crescimento e produção vegetal.
“Desenvolver um novo insumo para formulação de fertilizantes de base renovável para o setor agrícola é primordial para garantir competitividade e segurança econômica”, afirma Rafael Vasconcellos, diretor de agronegócios da companhia. Ele também destaca que cada quilo de fósforo removido dos efluentes produz aproximadamente oito quilos de estruvita.
“Nas estações em que trabalhamos até o momento, podemos estimar uma quantidade de 10 gramas por m3 (metro cúbico), o que nos leva à produção de 80 gramas de estruvita/m3. Dependendo da vazão da estação, pode-se chegar a produzir cerca de 800 quilos do mineral por dia”, afirma.
LongPing High-Tech entra no mercado de sorgo
A LongPing High-Tech, subsidiária chinesa de híbridos de milho, anunciou nesta semana que passará a comercializar sementes de sorgo no mercado brasileiro. A cultura, que não é novidade no país, vem crescendo em área, principalmente no período da safrinha. De acordo com a Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) é esperado um aumento de 35% na produção do grão na safra 2021/2022, chegando a 2,8 milhões de toneladas.
Conhecido por sua fácil adaptação e alta produtividade, o sorgo pode ser utilizado na alimentação animal nos meses de seca. É uma planta resistente ao estresse hídrico e com boa sanidade foliar. A nova cultura será comercializada pelas marcas Morgan e Forseed.
A empresa também vai lançar o “Programa de Licenciamento de Sorgo” para permitir que revendedores possam comercializar o germoplasma da companhia. Com isso, o licenciado terá acesso a um portfólio exclusivo, acesso anual ao híbridos de sorgo e volume mínimo com projeção de negócio para cinco anos por produto licenciado.
Faturamento global da Zoetis alcança US$ 2 bilhões
A Zoetis, empresa farmacêutica norte-americana com foco em saúde animal, registrou receita de U$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões) no terceiro trimestre de 2022, um aumento operacional de 5% em comparação com o terceiro trimestre de 2021, alcançando lucro líquido de US$ 529 milhões (R$ 2,6 bilhões).
“Enquanto o mundo continua a enfrentar condições de mercado dinâmicas e incertezas na economia global, nossos negócios foram testados e continuam a ter um bom desempenho com base em nosso portfólio diversificado e duradouro e escala global”, afirma Kristin Peck, CEO da Zoetis. A receita do terceiro trimestre de 2022 da empresa no Brasil foi de US$ 70,6 milhões (R$ 356 milhões).
Sindirações ganha seis novos integrantes
O Sindirações, sindicato de alimentação animal com sede em São Paulo (SP), divulgou nesta semana que ganhou seis novos associados: Agronorte, Coopercitrus, Feedis, Polu Sall, Semix e Tanac.
“Com a entrada dos novos associados neste terceiro trimestre de 2022, estamos ampliando a cobertura do setor. No total, o Sindirações já conta com mais de 90% da produção nacional em seu quadro de associados e, sem dúvida, essa representatividade contribui com a agenda de desenvolvimento do agronegócio brasileiro”, diz Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações.
Fundado em 1953, o Sindirações é o principal representante da indústria brasileira de rações, concentrados, núcleos, premixes e suplementos/sal mineral junto aos principais organismos nacionais e internacionais. A entidade reúne 140 associados.
Aguia Fertilizantes recebe licença de planta de fosfato no RS
A Aguia Fertilizantes, empresa de mineração sediada em Porto Alegre (RS), recebeu na terça-feira (1) uma licença para instalação de sua planta de fosfato, que será construída no município de Lavras do Sul (RS).
“As commodities agrícolas têm um peso enorme no PIB (Produto Interno Bruto) do país e esse projeto nasceu com a proposta de atender o agronegócio nacional, que é tão rico em possibilidades, mas tão dependente dos fertilizantes importados”, afirma Fernando Tallarico, CEO da empresa.
A expectativa é de que a construção da unidade seja concluída em até 12 meses após o início das obras, com investimento de cerca de R$ 35 milhões. Anualmente, a empresa entregará ao mercado 300 mil toneladas de fertilizante natural fosfatado, com capacidade de atendimento de até 15% da demanda do Rio Grande do Sul.
Agrotools e ESRI firmam parceria inédita
A Agrotools, agtech com sede em São Paulo (SP), anunciou na quinta-feira (3), uma parceria inédita com a ESRI, empresa californiana que desenvolve softwares de GIS (sistema de informações geográficas), inteligência de localização e mapeamento.
O objetivo é combinar dados geográficos para facilitar a gestão de informações do campo e o acesso aos dados. A Agrotools oferecerá a clientes da companhia global o acesso à sua solução de monitoramento de riscos socioambientais para o mercado agro.
“O maior ganho com essa união será a riqueza de informações sobre o campo, com mais dinamismo, aumentando a qualidade do monitoramento remoto através de aplicativos, dashboards, ferramentas, insights e mapas que serão disponibilizados em nossa plataforma ou via plataforma da ESRI”, diz Rafael Gomes, COO e CIO da Agrotools.
Sumitomo Chemical estrutura novo FIDC de R$ 500 milhões
A Sumitomo Chemical, empresa japonesa de química e soluções para cultivo, anunciou ontem (3) que encerrou a captação de R$ 500 milhões para o financiamento de clientes. A companhia levantou recursos por meio do FIDC (Fundo de investimento em direitos creditórios) Opea Agro Sumitomo Chemical, da plataforma securitizadora brasileira Opea Gestora
Os recursos se destinam a financiar a compra de insumos agrícolas por distribuidores, cooperativas e produtores rurais, de todos os estados brasileiros, parceiros da Sumitomo Chemical.
“A cadeia do agronegócio tem sido impactada pelo aumento do custo de produção combinada a uma restrição de crédito em função das incertezas macroeconômicas globais”, pontua Iara Souza, diretora financeira da multinacional japonesa.” Estamos muito felizes em poder ajudar com a viabilização de mais alternativas de financiamento para suportar nossos clientes diante do cenário desafiador atual.”
Tereos busca soluções para automação do plantio de cana-de-açúcar
A Tereos, produtora de açúcar e energia, um conglomerado cooperativo francês, lançou um desafio para startups em parceria com o hub Agtech Garage, de Piracicaba (SP). O desafio tem como tema a “Automação no plantio de cana-de-açúcar” e visa encontrar soluções de tecnologias que auxiliem a companhia a promover mais assertividade e produtividade nessa etapa da cadeia produtiva.
As startups interessadas em apresentar suas soluções têm até o dia 23 de novembro para se inscreverem. Para as empresas, a iniciativa é uma oportunidade de apresentarem e validarem suas tecnologias em parceria com uma das empresas líderes do setor sucroenergético.
A parceria da Tereos com o hub foi firmada em maio deste ano, com o intuito de impulsionar os seus projetos na área de tech, estabelecer conexões com outras empresas para agregar valor ao negócio e obter mais eficiência em processos por meio de inovação.
AgTech integra delegação brasileira na COP-27
A ConnectFARM, empresa de tecnologia para o agronegócio, foi convidada pelo CSS (Centro Sebrae de Sustentabilidade) e pelo ministério do meio ambiente para integrar a delegação brasileira que participará da COP-27 (a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas). O evento acontece de 6 a 18 de novembro em Sharm El Sheikh, no Egito, e tem como principal objetivo limitar o aquecimento global.
O Brasil vai apresentar cases de eficiência agrícola, entre eles o da agtech, nascida no Rio Grande do Sul, que realiza recomendações agronômicas com base em dados a mais de 500 produtores em todo o país.
“Somos uma empresa de tecnologia com foco em maximizar recomendações por meio do nosso algoritmo proprietário, para promoção de planejamento de safra mais assertivo, gestão e governança sobre os processos do manejo e tomada de decisão, para obtenção de maior produtividade e sequestro de carbono. Tudo sob um contexto de agricultura regenerativa e sustentabilidade ambienta”, explica Rodrigo Franco Dias, CEO da empresa. “Por isso, participar da COP-27, além de um desejo antigo, é algo muito alinhado com nosso trabalho.”
Origin inaugura empreendimento de biológicos no Brasil
O grupo Origin, empresa de origem irlandesa que presta serviços agrônomos, anunciou nesta semana que investiu R$ 20 milhões na construção de uma nova unidade no Brasil. A fábrica exclusiva de bioinsumos para a agricultura team sua inauguração prevista para janeiro de 2023.
Batizada de “F1rst Agbiotech”, nome criado em uma alusão às primeiras (‘first’) formas de vida na terra, os microrganismos, o grupo planeja atender, neste início de operações, algo em torno de 1 milhão litros de produtos microbiológicos por ano no início de suas operações.
“Estes produtos representam uma alternativa sustentável para a proteção das plantas, para o aumento da eficiência nutricional e para a promoção do crescimento vegetal”, afirma. Taise Bijora, engenheira agrônoma, doutora em fitopatologia e coordenadora de novas tecnologias do grupo Origin.
SoluBio recebe selo da Solar Impulse Foundation
A Solubio, empresa de Jataí (GO) que produz bioinsumos, recebeu o selo “Solar Impulse Efficient Solution”. A iniciativa criada em 2021 por Bertrand Piccard, ambientalista suíço, reconhece 1.000 soluções que podem mudar o mundo e, no Brasil, a SoluBio é a única empresa do agronegócio a ser certificada.
O objetivo da ação é incentivar a adoção de metas ambientais mais ambiciosas e acelerar a implementação dessas soluções em larga escala.
Para receber o selo, a empresa passou por uma avaliação realizada por especialistas independentes, baseada em três critérios. O primeiro deles, a sustentabilidade, confirma os impactos positivos da técnica ao meio ambiente por meio da redução do uso de químicos na agricultura. A eficiência da tecnologia também foi reconhecida ao manter a produtividade nas plantações; e por fim, a rentabilidade, tendo em vista todos os benefícios ambientais e para a produção. A empresa afirma que seu manejo biológico é capaz de diminuir em até 70% os custos para os produtores rurais.
BP Bunge abre inscrições de programa para aceleração profissional
A BP Bunge Bioenergia, uma das maiores processadoras de cana-de-açúcar do Brasil, abriu as inscrições para o “Programa Engenheiros 2023”, programa de 12 meses criado para estimular o crescimento de profissionais no mercado de trabalho.
“O setor sucroenergético é um segmento bastante dinâmico em que a busca pela aprendizagem em todas as interações possíveis deve ser algo contínuo. É importante que o profissional esteja aberto para mudar de cidade e encarar desafios, com foco em conhecimento do negócio”, diz Andrea Tibana, coordenadora corporativa de atração de talentos da empresa.
A jornada é voltada a profissionais de engenharias de produção, produção mecânica, agronômica, agrícola, alimentos, química, mecatrônica, elétrica e mecânica. Os candidatos devem ter disponibilidade de mudança para as regiões onde a BP Bunge atua (SP, GO, MG, TO e MS).
Nutrien lança no Brasil fertilizante com matéria-prima renovável
A Nutrien, empresa canadense de soluções agrícolas, lançou no Brasil esta semana o seu primeiro fertilizante produzido com matéria-prima de extração renovável. O produto tem como principal componente uma alga marinha chamada Lithothamnium SP.
O procedimento de extração da alga é realizado no nordeste do Brasil e considera a reposição natural do insumo, não havendo retirada de algas vivas das águas, somente sedimentadas.
“Toda produção do nosso fertilizante preserva as propriedades físicas, orgânicas e nutricionais presentes na alga, que é rica em cálcio e magnésio”, explica João Paulo Vilela Guimaraes, gerente de produtos NPK da Nutrien para a América Latina. “Além disso, também apresenta efeitos bioestimulantes, ativa os microrganismos do solo, proporciona maior enraizamento, tolerância ao stress hídrico e mais sanidade à lavoura, dentre outros benefícios que irão impulsionar a qualidade produtiva do campo.”
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