Segundo um estudo feito com profissionais que ocupam posições de liderança na Alemanha, França, Itália e Reino Unido, 60% das mulheres já recusaram uma oferta de emprego por conta das responsabilidades com a família. Entre os homens, 45% fizeram o mesmo. O levantamento é do BCG (Boston Consulting Group) em parceria com o Women’s Forum e envolveu 1,5 mil consultas a profissionais do ramo de tecnologia.
Segundo a pesquisa, homens e mulheres são bastante similares no que diz respeito à ambição, à predisposição em aceitar desafios e ao alto nível de conhecimento técnico. Porém, o principal obstáculo para elas é seu papel nos cuidados com a família. Além disso, 80% das mulheres já afirmaram ter se afastado do trabalho ou adotado jornadas flexíveis temporariamente, em comparação com 50% dos homens – apesar de ser consenso que essa escolha tem impactos na progressão da carreira.
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Os outros principais desafios apontados pelas mulheres entrevistadas foram a pressão para se provar capaz e a escassez de exemplos de liderança. Ao analisar empresas que progrediram na resolução destes desafios, o BCG propõe ações para redução da desigualdade.
Os homens mostram um nível maior de autoconfiança, o que contribui para uma maior mobilidade na carreira – outro resultado da maior disponibilidade de tempo. “Os desafios para mulheres se acumulam: elas perdem oportunidades de ampliarem suas conexões e experiência e ficam em desvantagem para futuros cargos seniores, o que pode afetar a autoconfiança”, diz Ana Vieira, diretora executiva do BCG.
O estudo conclui que, para um avanço na representatividade é necessário engajamento e apoio da liderança, programas eficientes de diversidade e uma mudança na postura das mulheres. “É importante que as profissionais sejam mais assertivas e busquem oportunidades que possam acelerar seu crescimento.”
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