O Ibovespa iniciou o último pregão antes do segundo turno das eleições em queda de 0,20%, aos 114.416 pontos, por volta das 10h24 (horário de Brasília). Na véspera, o principal índice da B3 interrompeu as três quedas consecutivas e subiu 1,66%.
Os investidores acompanham os dados econômicos dos Estados Unidos e os balanços corporativos. Mais cedo, o Departamento de Comércio dos EUA informou que os gastos dos consumidores norte-americanos aumentaram mais do que o esperado em setembro, enquanto as pressões inflacionárias subjacentes continuaram a aumentar.
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O dado mantém o Federal Reserve no caminho certo para aumentar a taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela quarta vez este ano. Vale lembrar que o Fed aumentou sua taxa de juros de quase zero em março para a faixa atual de 3,00% a 3,25% — o ritmo mais rápido de aperto monetário em uma geração ou mais.
O banco central dos Estados Unidos acompanha os índices de preços PCE para sua meta de inflação de 2%. Outras medidas de inflação estão muito mais altas. O índice de preços ao consumidor aumentou 8,2% em setembro na comparação anual.
Em meio a esse cenário, os futuros de Wall Street caem majoritariamente. Por volta das 10h20, o Dow Jones subia 0,31%, aos 32.174 pontos, enquanto o S&P 500 tinha queda de 0,12%, aos 3.814 pontos, e o Nasdaq recuava 0,53%, aos 11.176 pontos. Além dos dados econômicos, também pesa no índice a bateria mista de lucros corporativos.
O dólar sobe 0,80% frente ao real, negociado a R$ 5,3505.
Ainda no cenário externo, as autoridades do Banco Central Europeu apoiaram firmemente os planos de continuar aumentando os juros, mesmo que ao custo do crescimento econômico, já que dados divulgados hoje mostram pressões inflacionárias crescentes.
Ontem (27), o BCE dobrou sua taxa de depósito para 1,5% e prometeu mais aperto monetário nos próximos meses, em uma tentativa de evitar que a inflação alta se consolide, rejeitando as críticas de governos do bloco de que está exacerbando uma possível recessão.
A inflação, em quase 10%, deve cair apenas para 5,8% em 2023, acima da projeção do próprio BCE de 5,5%, mantendo-se em 2,4% em 2024.
Por aqui, a maior queda do Índice Bovespa nesta manhã é a da Vale (VALE3), na esteira da queda do minério de ferro e a repercussão do balanço do terceiro trimestre.
A mineradora registrou lucro líquido de US$ 4,4 bilhões no período, queda de 18,7% frente ao mesmo período do ano passado, com impacto do recuo da commodity, seu principal produto.
Entre os indicadores econômicos, a FGV divulgou o IGP-M. Segundo a Fundação Getulio Vargas, as quedas nos preços de combustíveis e leite ajudaram o Índice Geral de Preços-Mercado a registrar recuo em outubro de 0,97%, uma deflação acima do esperado.
Em setembro, o índice havia caído 0,95%, e o dado divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira levou o IGP-M a acumular em 12 meses avanço de 6,52%. (Com Reuters)
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