A Unilever divulgou nesta quinta-feira (27) uma fraca perspectiva sobre a confiança dos consumidores na Europa e China, dois de seus principais mercados, mas elevou a previsão de vendas no ano depois de promover fortes aumentos de preços em seus produtos.
“A confiança dos consumidores na Europa está no momento mais baixo em muito tempo”, disse o vice-presidente financeiro, Graeme Pitkethly, a jornalistas. Ele alertou sobre “confluência de eventos” na Europa na forma de alta dos preços da energia, inflação crescente e redução de poupança.
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Consumidores ao redor do mundo pagaram 12,5% mais por produtos da Unilever no trimestre, um aumento recorde para a empresa que viu as vendas em volume recuarem 1,6%.
A América Latina foi a região onde os aumentos de preços da Unilever foram mais intensos, da ordem de 23,2%, e em que as vendas em volume mais recuaram no período: 4,6%. Em nove meses, a empresa reajustou seus preços na região em 20,6% e as vendas recuaram 4,7%.
O Brasil aparece como destaque na divisão de produtos para o lar no segmento de lavagem de roupa – representado por marcas como Omo – que manteve volume de vendas apesar de um aumento de preços da ordem de 20%, segundo relatório da companhia.
Ao redor do mundo
Na Europa, as vendas em volume caíram 3,2% enquanto os preços da empresa subiram 8,9%.
“As necessidades básicas de nossos clientes europeus estão ocupando uma participação maior das carteiras, como transporte e alimentação, e a tendência é haver cortes nos gastos em produtos supérfluos não relacionados a alimentos”, disse Pitkethly.
Na China, o terceiro maior mercado da Unilever, as vendas subiram 1%.
“O número da China, 1%, foi na realidade uma performance competitiva já que o mercado segue ainda pressionado pelos lockdowns” contra Covid-19, disse o executivo. Ele acrescentou que a confiança na China está mais baixa que em termos históricos e que a Unilever não conseguiu promover aumentos de preços no país.
A Unilever espera que as vendas de 2022 subam mais que 8%.
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