A Klabin divulgou hoje (26) que o lucro líquido do terceiro trimestre disparou 69% sobre o mesmo período do ano passado, impulsionado por expansão da receita que pegou carona na desvalorização do real ante o dólar e em altas de preços dos produtos da fabricante de embalagens de papel e celulose.
Ante o segundo trimestre deste ano, o lucro líquido da Klabin de julho ao final de setembro mais que dobrou. A reversão do resultado financeiro negativo de R$ 291 milhões no terceiro trimestre de 2021 para R$ 319 milhões positivos nos três meses encerrados no mês passado também colaborou para o salto do balanço.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado cresceu 20% na comparação anual, para R$ 2,3 bilhões.
Analistas, em média, esperavam Ebitda de R$ 2,21 bilhões para a Klabin, segundo dados da Refinitiv.
A companhia divulgou alta de 4% nas vendas em volume sobre o terceiro trimestre de 2021, mas a receita líquida cresceu 26%, para R$ 5,49 bilhões, em meio a preços de celulose em “patamares históricos”.
A variação do valor justo dos ativos biológicos resultou em receita de R$ 961 milhões no terceiro trimestre, informou a companhia no balanço, puxado pela valorização das florestas. Considerando a exaustão, o efeito não caixa no resultado operacional foi de R$ 710 milhões.
Com o avanço no resultado operacional, a relação dívida líquida sobre Ebitda da Klabin caiu de 3,2 vezes para 2,7 vezes em reais ao final de setembro, enquanto em dólares a conta passou de 3,1 para 2,6 vezes.
Isso, apesar de a companhia ter elevado o investimento no período em cerca de 70%, para R$ 1,69 bilhão, em um momento em que constrói a segunda máquina do projeto de expansão de capacidade no Paraná, conhecido como Puma II.
Ponto de atenção foi para o custo caixa de produção de celulose no terceiro trimestre, que disparou 51% sobre um ano antes e 11% frente ao segundo trimestre, para R$ 1.416 por tonelada. A companhia afirmou que esse desempenho ocorreu em função de forte alta nos preços das commodities no período, que impactaram os custos com combustível e insumos químicos, sobretudo a soda cáustica.
Além disso, impactou no desempenho da celulose o aumento de custos por conta de maior uso de madeira de terceiros pelo primeiro ciclo de operação de Puma II e menor receita com venda de energia.
A Klabin afirmou ainda que o custo caixa total cresceu 31% na comparação anual, para R$ 3,18 bilhões.
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