Ação da BRF caem 10% com analistas cautelosos sobre resultados e rentabilidade

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Rodolfo Buhrer/Reuters

Logo da BRF na fachada da sede brasileira

As ações da BRF chegaram a cair mais de 10% nesta terça-feira (25), com relatórios de analistas mais cautelosos com os resultados da companhia, bem como na expectativa sobre a atuação do novo comando da empresa de alimentos.

Às 11:40 (horário de Brasília), os papéis caíam 9,21%, a R$ 12,52, pior desempenho do Ibovespa, que cedia 0,39%. No pior momento, chegaram a R$ 12,32, mínima intradia desde junho. Na véspera a ação já havia recuado 7,7%.

A equipe do JPMorgan cortou o preço-alvo da ação da BRF de R$ 16,5 para R$ 15, esperando resultados fracos para o terceiro trimestre, vendo tendências fracas dos preços de alimentos processados no Brasil.

“Nós acreditamos que os negócios no Brasil devem mostrar pouca melhora devido à recuperação econômica instável, mercado superabastecido e preços internos em queda”, afirmaram em relatório a clientes.

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“Além disso, custos menores de milho não devem ser vistos neste trimestre, eventualmente apenas no final do quarto trimestre”, avaliam.

Ao mesmo tempo, calculam que a dinâmica fraca do Brasil não deve ser compensada pelas operações internacionais, uma vez que os melhores preços de exportação para a Ásia devem ser contrabalançados ​​pela normalização das margens no Halal, que estavam mais altas no segundo trimestre.

O JPMorgan estima Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 1,316 bilhão para a BRF no terceiro trimestre. Eles haviam atualizado recentemente a recomendação dos papéis para “neutra”, citando que a relação risco/retorno parece interessante.

“Mas a velocidade de recuperação do mercado doméstico é frustrante, levando-nos a adotar estimativas mais conservadoras para o quarto trimestre e para 2023”, argumentaram.

Para 2023, agora esperam Ebitda ajustado de R$ 5,486 bilhões, de R$ 6,190 bilhões anteriormente.

Analistas do Citi, por sua vez, cortaram a recomendação de BRF para “neutra/alto risco”, bem como o preço-alvo de R$ 29 para R$ 18, preferindo aguardar uma recuperação de rentabilidade após a troca do comando.

No final de agosto, a empresa anunciou que o presidente-executivo da companhia, Lorival Luz, renunciou ao cargo, e a sua substituição por Miguel Gularte, que atuava como CEO da Marfrig Global Foods.

Para a equipe do Citi, a BRF deve trabalhar para restaurar a rentabilidade e reduzir o excesso de estoque.

No mesmo relatório, o Citi elevou Marfrig para “compra”, com preço-alvo passando de R$ 26 para R$ 17. A ação subia 1,43%, a R$ 11,35, após avançar quase 5% mais cedo, a R$ 11,74.

Eles observam que a Marfrig controla a BRF em nível de diretoria, mesmo com 33% de participação econômica.

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