Após fechar em forte alta (+2,35%) na sexta-feira (21), o Ibovespa iniciou os primeiros negócios de hoje (24) em queda de 1,29%, aos 118.377 pontos, por volta das 10h23 (horário de Brasília). O principal índice da B3 tem a blue chip Petrobras (PETR3; PETR4) entre as maiores quedas desta manhã, na esteira da baixa do petróleo no exterior.
Já em Wall Street, os futuros operam com alta modesta, com investidores esperando a divulgação dos balanços da Amazon, Apple, Alphabet e Microsoft. Por lá, a atenção segue voltada para os próximos passos da política monetária do Federal Reserve.
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Na última sexta-feira (21), a presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly, disse que é hora de começar a falar sobre desacelerar o ritmo dos ajustes nos custos de empréstimos e, ao fazê-lo, evitar levar a economia dos EUA para uma “desaceleração não forçada” ao subir a taxa de juros muito acentuadamente.
Além disso, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, reiterou sua posição de que o Fed deve colocar a taxa básica “um pouco acima” de 4,5% no início do próximo ano e depois mantê-la lá.
Analistas esperam que o Fed suba os juros em 0,75 ponto percentual uma quarta vez consecutiva na reunião de novembro. As ações estiveram sob pressão este ano, já que o banco central embarcou em uma trajetória agressiva de incrementos de juros, enquanto tenta controlar a inflação teimosamente elevada, o que alimentou preocupações sobre possível erro de política monetária que levaria a economia norte-americana à recessão.
Por volta das 10h20, os futuros do S&P 500 tinham alta de Dow Jones: 0,70%, aos 31.341 pontos, o S&P 500 subia 0,58%, aos 3.786 pontos, e o Nasdaq +0,17%, aos 11.377 pontos.
O dólar tinha valorização de 1,90% frente ao real, negociado a R$ 5,2445.
Ainda sobre o cenário internacional, a zona do euro está provavelmente entrando em recessão, uma vez que a atividade empresarial está se contraindo no ritmo mais rápido em quase dois anos neste mês – já que a crise do custo de vida mantém os consumidores cautelosos e diminui a demanda, mostrou uma pesquisa nesta segunda-feira.
As fábricas têm sido particularmente afetadas pelo aumento dos preços da energia, enquanto as cadeias de fornecimento ainda se recuperam da pandemia do coronavírus e devido ao golpe da invasão russa da Ucrânia.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto da S&P Global caiu para 47,1 de 48,1 em setembro em sua leitura preliminar, abaixo da expectativa de 47,5 em pesquisa da Reuters.
A inflação na zona do euro atingiu um recorde de 9,9% em setembro, segundo dados divulgados na semana passada, e com os preços subindo acentuadamente a demanda enfraqueceu consideravelmente, levando o índice composto de novos negócios para uma mínima de quase dois anos.
Na China, a economia se recuperou a um ritmo mais rápido do que o esperado no terceiro trimestre, mas as rigorosas restrições contra a Covid-19, uma crise imobiliária cada vez mais profunda e os riscos de recessão global estão desafiando os esforços de Pequim para promover um vigoroso renascimento ao longo do próximo ano.
O Produto Interno bruto (PIB) da segunda maior economia do mundo cresceu 3,9% no trimestre de julho a setembro em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram hoje dados oficiais.
Apesar da recuperação, a economia está enfrentando desafios em múltiplas frentes no país e no exterior.
A estratégia de Covid zero e os problemas e a luta da China pelo Covid zero em seu setor imobiliário exacerbam a pressão externa da crise da Ucrânia e a desaceleração global devido ao aumento das taxas de juros para conter a inflação.
Por lá, as Bolsas fecharam de forma mista. A atenção ficou voltada para o desempenho de Hong Kong, que fechou com a maior queda diária desde a crise de 2008. Já em Tóquio, o Nikkei subiu 0,31%.
Na Coreia, o Kospi subiu 1,04%. Em Taiwan, o Taiex teve alta de 0,29%. Na China, no entanto, o Xangai desvalorizou 2,16% e o Shenzhen recuou 2,06%.
Por aqui, analistas consultados pelo Banco Central voltaram a melhorar as expectativas para a inflação e a economia neste ano e no próximo, mas a conta para a alta dos preços em 2024 voltou a subir, de acordo com a pesquisa Focus divulgada hoje pelo BC.
A expectativa agora para a alta do IPCA é de 5,60% e 4,94% respectivamente em 2022 e 2023, de 5,62% e 4,97% previstos no levantamento anterior. Ambas as projeções seguem acima do teto da meta oficial.
O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5% e para 2023 é de 3,25%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A agenda será cheia nesta semana. Amanhã (25) o IBGE informa o IPCA-15 de outubro e inicia os balanços do terceiro trimestre. Na quarta-feira (26), o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) divulgará a decisão sobre a Selic.
Na quinta-feira (27) os dados do mercado de trabalho de setembro serão divulgados. Além disso, a atenção também estará voltada para a reta final das eleições presidenciais.
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(Com Reuters)
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