Ele disparou. Não, não estamos falando do ex-deputado Roberto Jefferson, que recebeu a tiros ontem (23) agentes da Polícia Federal que foram prendê-lo em sua casa na cidade de Comendador Levy Casparian, no Rio. Em prisão domiciliar, Jefferson concedeu entrevistas, algo proibido. Além disso, ele publicou na sexta-feira (21) um vídeo com ofensas pesadas à ministra Cármem Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal).
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Foi o suficiente para que o ministro Alexandre de Moraes, que também preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinasse o fim da prisão domiciliar e sua recondução à prisão. Quando os agentes da PF chegaram, Jefferson disparou 20 tiros de fuzil e teria atirado uma granada contra eles, que não explodiu.
Repercussões
O fato foi o assunto do domingo e as repercussões no mercado financeiro foram sentidas hoje. O dólar subiu 3% e fechou a R$ 5,30. O Ibovespa caiu mais de 3% e fechou a 116 mil pontos, apesar de os pregões terem subido fortemente em Wall Street.
A visão do mercado é que o incidente envolvendo Jefferson poderá ser prejudicial à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), daí a queda das ações e a alta das taxas de câmbio. “Os mercados devem ficar bastante sensíveis ao cenário político nos próximos dias”, diz Felipe Berenguer, analista político da casa de análise independente Levante Ideias de Investimentos.
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