Pepsico investirá US$ 27 milhões em agricultura regenerativa até 2026; veja os destaques do AgroRound

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A PepsiCo, produtora de alimentos norte-americana, anunciou ontem (20) o lançamento de um novo projeto para sua aceleradora global de agricultura. O PAO (Resultados Agrícolas Positivos) apoiará 14 projetos de agricultura regenerativa espalhados em 11 países, inclusive no Brasil. Os investimentos são projetados para “impulsionar” o desenvolvimento de tecnologias e abordagens inovadoras que podem ajudar a ampliar a adoção de práticas agrícolas regenerativas em todo o mundo.

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“Estamos em uma corrida para alcançar a meta global de limitar nossas emissões de gases de efeito estufa em 1,5 grau e, para fazer a nossa parte nessa agenda, a PepsiCo estabeleceu a expansão de práticas agrícolas regenerativas”, afirma Rob Meyers, vice-presidente de agricultura sustentável global da empresa. “Alcançar as metas exigirá novos modos de pensar, além de tecnologia e inovação em nossa atuação com nossas equipes agrícolas em todo o mundo.”

A meta da empresa é investir até US$ 27 milhões (R$ 142,31 milhões) em projetos que abrangem diversas commodities e cadeias de suprimentos.

Basf Venture Capital investe na agfintech Traive

A BVC (Basf Venture Capital), braço de investimentos em startups da química alemã Basf, anunciou ontem (20) o seu primeiro investimento direto na América do Sul, apoiando a agfintech Traive. Fundada em 2018 e com operações no Brasil e EUA, a startup desenvolve infraestrutura tecnológica para serviços financeiros baseada em inteligência artificial para análise de risco de crédito e gestão de portfólio de recebíveis agrícolas.

Com a BVC liderando uma rodada de investimentos, a agfintech recebeu US$ 10 milhões para acelerar o seu crescimento.

“Nossa plataforma tecnológica tem o potencial de mudar estruturalmente a forma como crédito e risco são medidos, monitorados e vendidos na indústria agrícola”, garante Fabricio Pezente, co-fundador e CEO da Traive. Sua tecnologia permite que empresas de defensivos, revendas, cooperativas e tradings façam a análise, registro, gestão e comercialização de seus créditos em uma única plataforma, o que deve agilizar processos e decisões no agro.

Maioria dos empréstimos para o agronegócio são pagos em até dois anos

A Ulend, fintech de crédito privado sediada em São Paulo (SP), realizou uma pesquisa com cerca de 600 clientes para avaliar quanto tempo leva para que os empréstimos para o agronegócio sejam pagos. O levantamento indicou que 88% dos empréstimos para o agronegócio são pagos no período de até dois anos.

Na distribuição por rating da avaliação de risco, 52% dos empréstimos são feitos para empresas com classificação B1 – B6. Já 30% do total é para a classificação AA1 – A4 (a mais elevada). Por fim, 18% são para companhias listadas entre C1 e C5.

Quase metade das empresas financiadas pela Ulend estão ligadas à cadeia do agronegócio, entre indústrias, comércios de insumos e até os próprios produtores rurais.

Brasil embarcará 30 mil toneladas de arroz para o México

A Fedearroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul) anunciou na quarta-feira (19) que recebeu um pedido de embarque de 30 mil toneladas de arroz com casca para o México.

“Isto mostra que a demanda continua aquecida para o México e para a América Central”, afirma Alexandre Velho, presidente da federação. “A preferência pela exportação e a restrição da oferta por parte dos produtores no mercado interno pode fazer com que o varejo tenha um interesse maior de compra”, complementa.

Recentemente, em agenda com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a Federarroz solicitou apoio do governo brasileiro para que se busque um acordo comercial para o arroz com o México, assim como o Uruguai tem. Para isso, o Brasil depende de que o México diminua o imposto de importação para poder exportar um volume maior.

Rabobank financia US$ 20 milhões para agricultura regenerativa

O Rabobank, banco de atuação global especializado em agronegócio, anuncia nesta semana uma operação no valor de US$ 20 milhões para financiar iniciativas de agricultura regenerativa do Locks, grupo com 115.000 hectares de área plantada que produz algodão, soja e milho. O financiamento é realizada sob o Fundo Agri3, parceria do banco com o Unep (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), o IDH (Iniciativa de Comércio Sustentável) e o FMO (banco holandês de desenvolvimento empresarial).

O objetivo é atuar no ciclo entre pecuária e agricultura, a partir da transformação dos dejetos do gado de confinamento em adubo orgânico, utilizando nas áreas de plantio e assim reduzindo gradualmente o uso de fertilizantes químicos. Além disso, a empresa irá implantar energia fotovoltaica em 100% da área que possui no Mato Grosso, e irá reutilizar os resíduos do algodão para o confinamento de gado, substituindo a silagem.

“Estamos completamente comprometidos com o desenvolvimento sustentável e o impacto dessa iniciativa trará muitos frutos positivos não só para o grupo Locks, mas também para o meio ambiente e o setor do agronegócio”, afirma André Arca, gerente de relacionamento do Rabobank Brasil.

Marfrig conquista nota máxima na certificação BRC em suas unidades brasileiras

A Marfrig, uma das maiores empresas de carne bovina do mundo, alcançou em todas as suas unidades no Brasil a nota máxima para a certificação BRC (Brand Reputation Through Compliance), referência global em segurança e qualidade dos alimentos.

“A nota máxima da BRC tem um reconhecimento mundial que permite à Marfrig fortalecer suas relações com os mais importantes mercados globais”, diz Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade e comunicação corporativa da empresa.

Após o circuito de auditorias, obtiveram nota máxima AA a unidade processadora da Marfrig em Várzea Grande (MT) e 10 plantas de abate e desossa da companhia no país. A unidade de processamento da Marfrig em Hulha Negra/Pampeano (RS) foi além e recebeu nota AA+ depois de passar por auditoria não anunciada. Inaugurada em agosto deste ano, a fábrica de hambúrguer em Bataguassu ainda passará por auditoria de certificação BRC.

AGCO investe R$ 1 milhão na Universidade de Ciências Aplicadas de Berna

A AGCO, fabricante multinacional de equipamentos agrícolas, por meio da AAF (AGCO Agriculture Foundation), fundação privada que tem como objetivo prevenir e combater a fome por meio do desenvolvimento agrícola sustentável, anunciou uma doação de 195.000 francos suíços (aproximadamente R$ 1 milhão) para a Escola de Ciências Agrícolas, Florestais e Alimentares da Universidade de Ciências Aplicadas de Berna, na Suíça.

A doação apoiará a implementação de um projeto agrícola de três anos, que busca promover a aplicação de métodos de controle de ervas daninhas baseados em plantio direto, com robôs leves de campo desenvolvidos para climas frios e úmidos, como o da Europa Central.

“A eficiência na produção de alimentos continua sendo um dos maiores desafios do mundo agrícola no contexto de eventos e mudanças climáticas”, afirma Roger Batkin, presidente do Conselho da AGCO Agriculture Foundation. “Esperamos que nossa contribuição a programas como este da Universidade de Berna possa ajudar a superar alguns desses desafios e avançar na formação de profissionais nesta área para o benefício mais amplo das comunidades agrícolas na Europa.”

A iniciativa será realizada com a participação de estudantes universitários, em nível de mestrado e graduação, envolvendo o escopo do projeto e outras questões relacionadas à sustentabilidade.

Paraná conquista a sua 11ª Indicação Geográfica

Na terça-feira (18), o estado do Paraná ganhou o seu 11º reconhecimento de Indicação Geográfica. Foram reconhecidos com a categoria de IP (Indicação de Procedência), que atesta a qualidade de um produto ou serviço graças à sua origem, os vinhos de Bituruna, produzidos no sul do estado há cerca de oito décadas.

Ao todo, quatro vinhos casca dura (do tipo branco, aromático, seco, que leva esse nome por ser de uma variedade de uva rosada com a casca mais grossa, proveniente do cruzamento natural da uva moscato com uma variedade nativa) receberam a IG, das vinícolas Sanber, Bertoletti, Di Sandi e Dell Mont. O reconhecimento foi concedido pelo Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).

“Estávamos ansiosos por esse dia. Hoje, entramos no mapa da viticultura mundial”, afirma a enóloga Michele Bertoletti Rosso, presidente da Apruvibi (Associação dos Produtores de Uva e Vinho de Bituruna). “O reconhecimento é o atestado de que produzimos com processos, técnicas, boas práticas e tradição.”

Atualmente, Bituruna conta com quatro vinícolas e cem produtores de uva. São mais de um milhão de litros de vinho produzidos e distribuídos no território nacional, todos os anos.

Central Bela Vista realiza avaliação da raça brahman

A Central Bela Vista, empresa de coleta e processamento de sêmen bovino, testará a eficiência e performance da raça brahman, cruzamento das raças nelore, guzerá, gir e sindi, em seu centro tecnológico Humberto de Freitas Tavares, em Botucatu (SP). Sob encomenda da ACBB (Associação dos Criadores de Brahman do Brasil), a central vai avaliar 120 animais, sendo 60 touros e 60 novilhas, durante 90 dias.

Os testes avaliarão a relação entre consumo de alimento e ganho de peso, acabamento de carcaça, análise fenotípica e morfológica, entre outros fatores.

“Os dados servirão para a melhor definição de animais e linhagens mais produtivas a campo, enriquecendo o conhecimento sobre a raça e agregando valor aos criadores”, diz Pedro Araújo, gerente comercial da Central Bela Vista.

Esse é o segundo teste realizado no centro tecnológico Humberto de Freitas Tavares. Há menos de dois meses, foi concluído trabalho similar com 142 animais da raça nelore. “Há grande demanda para testes de diversas raças e a agenda está ficando cheia”, revela Araújo.

IFF abre novo laboratório de enzimologia no Brasil

A nova-iorquina IFF (International Flavors & Fragrances) anunciou na quarta-feira (19) a abertura de um novo laboratório de enzimologia dentro do seu Centro de Inovação no Brasil, localizado em Barueri (SP).

No laboratório, os cientistas da empresa desenvolvem projetos de pesquisa com enzimas e bioinovação que apoiam a redução de resíduos e a fabricação sustentável para as indústrias de alimentos e bebidas, nutrição animal e biocombustíveis.

Localizado em Barueri (SP), o centro da IFF é resultado de investimentos de US$ 15,8 milhões (R$ 82,3 milhões) em novos espaços na América Latina e consolida a estrutura de inovação das divisões de saúde, biociências e nutrição, anteriormente localizadas em três locais diferentes do país.

“Através deste laboratório, aprofundaremos a pesquisa de enzimas e desenvolveremos soluções para beneficiar os fabricantes latino-americanos”, afirma Deia Vilela, diretora de health & biosciences para a América Latina da IFF.

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