Blue chips, candlestick, rally: entenda os jargões do mercado financeiro

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Berkah/GettyImages

Apesar da dificuldade inicial, é importante conhecer algumas nomenclaturas para entender as tendências e os movimentos das aplicações financeiras

Ao entrar no mercado financeiro, investidores se deparam com diversos termos – a maioria em inglês. As nomenclaturas, como blue chips, candlestick e rally, são importantes para definir os acontecimentos nas aplicações financeiras, mas podem muitas vezes assustar os novatos. 

Apesar da dificuldade inicial, é importante conhecer alguns jargões para entender as tendências e os movimentos do mercado com mais facilidade. Pensando nisso, a Forbes Brasil conversou com especialistas para traduzir os dez principais nomes utilizados no dia a dia dos investimentos. Confira.

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1) Blue chip

É um apelido para os papéis da Bolsa de Valores que possuem maior liquidez e capitalização no mercado, como Petrobras (PETR3; PETR4), Vale (VALE3), Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Ambev (ABEV3).

“Elas são as mais conhecidas, e queridas, pelos investidores”, diz Rodrigo Marcatti, economista e CEO da Veedha Investimentos. Essas ações estão sempre entre as mais negociadas no dia.

2) Candlestick 

Candlestick é uma ferramenta gráfica para a visualização da oscilação dos preços de um ativo, bastante utilizado pelos analistas técnicos. Com o candle (vela, em português), é possível saber o preço de abertura e fechamento ao longo de uma série histórica, que pode ser diário, semanal, mensal ou anual.

“Dentro do período gráfico escolhido, um novo candle é formado. Se o período for um dia, por exemplo, cada candle vai representar o dia com o preço de abertura e o preço de fechamento em cada ponta do candle”, diz Fabio Louzada, economista fundador da Eu me Banco.

3) Rally

Rally em português significa “corrida”. O termo é utilizado no mercado acionário quando a Bolsa sobe de forma abrupta por dois ou três dias, por exemplo. Isso acontece quando os investidores estão comprando ações em grande quantidade. “É como se fosse uma disputa. Por isso a gente usa essa expressão”, diz Marcatti, da Vedhaa Investimentos. 

4) Upside

Upside é o quanto o preço de um ativo financeiro pode subir em comparação com a cotação atual. Por isso é dito a frase “o ativo ainda tem o upside de subir 10%”, por exemplo. “Trata-se do potencial de alta”, explica Rodrigo Cohen, analista e co-fundador da Escola de Investimentos. 

5) Benchmark

Benchmark é um indicador de referência usado no mercado financeiro, que permite comparar o desempenho dos demais ativos. “Como exemplo temos o Ibovespa. Normalmente, os fundos de investimentos o utilizam como benchmark”, diz Louzada, da Eu me Banco. Já para os ativos de renda fixa, um exemplo de benchmark é o CDI. 

6) Shortear

Shortear é a prática de se posicionar como “short”, que significa “vendido”. “Ele acontece quando um investidor ‘aposta’ que um determinado ativo vai cair, seja uma moeda, como o dólar, ou a ação de uma empresa”, explica Marcatti.

7) Day Trade

São as operações do mercado financeiro que se iniciam e terminam no mesmo dia. Eduardo Melo, CEO da Prime Invest, explica que elas costumam ser um pouco mais arriscadas por conta da alavancagem com que as corretoras distribuem para os players.

Em contrapartida, o day trade reduz o potencial de perda das operações, uma vez que o investidor não fica “posicionado” entre dois pregões. “Mesmo que aconteçam notícias muito importantes de um dia para o outro, isso não afeta um day trader”, diz Melo.

8) Swing Trade 

Swing Trade, diferentemente do Day Trade, ocorre quando o investidor mantém suas posições por períodos mais longos que um dia. As operações podem, inclusive, chegar a anos. 

9) Hedge

Hedge é proteção. O termo é utilizado quando um investidor compra um ativo e se protege usando um ativo descorrelacionado. “Caso um caia muito, ele tem proteção com outro que pode subir. É uma estratégia que diminui os riscos e os efeitos da volatilidade”, explica Cohen, da Escola de Investimentos.

10) Long & Short 

Long & Short é usado quando um investidor compra um ativo e vende outro simultaneamente. Neste caso, long significa “compra” e short “venda”. “Long são operações em que o investidor ‘aposta’ na valorização do preço, já o short é quando ele acredita que a ação, por exemplo, vai cair e, com isso, entra na ponta vendedora”, diz Melo, da Prime Invest.

Ao assumir essas posições, o investidor pretende obter uma rentabilidade previsível pela diferença de movimentação entre os dois ativos.

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