Após cravar sua quinta queda consecutiva na sexta-feira (14), o Ibovespa iniciou a sessão de hoje (17) em alta de 0,49%, aos 112.621 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília). O principal índice da B3 opera em linha com as Bolsas internacionais e o pré-mercado de Wall Street, que mostra sinais de recuperação após as quedas da última sessão.
Por lá, uma piora das expectativas de inflação manteve intactas as preocupações de que a trajetória agressiva de aumento de juros do Federal Reserve (banco central norte-americano) possa desencadear uma recessão. Agora, os investidores se atentam aos balanços corporativos — que devem trazer mais sinais sobre a saúde da economia.
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Depois de perdas no último pregão, os futuros dos Estados Unidos sobem. Às 10h19, o Dow Jones subia 1,31%, aos 30.099 pontos, o S&P 500 tinha alta de 1,67%, aos 3.658 pontos, e o Nasdaq tinha forte avanço de 2,14%, aos 10.976 pontos.
O dólar recuava 1,03% frente ao real, a R$ 5,2682.
No cenário doméstico, a economia brasileira encolheu mais do que o esperado em agosto, no ritmo mais forte em quase um ano e meio, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do BC.
O IBC-Br registrou em agosto contração de 1,13%, de acordo com o dado dessazonalizado do indicador — que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).
Esse é o primeiro resultado no vermelho depois de dois meses seguidos de ganhos e foi bem pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,5%. A leitura marca ainda a contração mensal mais intensa desde março de 2021, quando o IBC-Br teve queda de 3,6%.
O resultado, entretanto, não apagou o avanço do mês de julho, que o BC revisou para uma alta de 1,67%, depois de informar anteriormente ganho de 1,17%.
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) figuram entre as maiores quedas desta manhã, com recuos de 0,92% e 0,84%, respectivamente. A queda ocorre após analistas do Credit Suisse cortarem sua recomendação das ações da petrolífera para “neutral”, argumentando que preferem reduzir sua exposição em meio à volatilidade trazida pela corrida eleitoral.
Em relatório, o banco afirma que, embora as ações da estatal venham tendo forte desempenho recentemente, a assimetria de curto prazo não se mostra mais favorável.
“Talvez as eleições possam até ser o catalisador que as ações estavam esperando. No entanto, de uma perspectiva de risco-retorno, preferimos ficar à margem e não temos medo de perder um possível rali”, escreveram os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero.
De volta ao mercado internacional, as Bolsas asiáticas fecharam o dia majoritariamente em alta. Por lá, o presidente Xi Jinping falou sobre segurança nacional ao mesmo tempo em que descartou expectativas de qualquer mudança na política de Covid zero no país e nas restrições ao setor imobiliário.
Além disso, o banco central da China fez a rolagem de empréstimos de médio prazo, mantendo a taxa de juros inalterada por um segundo mês nesta segunda-feira, o que reforça as expectativas de que as condições continuarão frouxas para ajudar a economia.
A exceção das altas foi em Tóquio, com o Nikkei caindo 1,16%. Já na China, o Xangai subiu 0,42% e o Shenzhen avançou 0,68%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve leve alta de 0,15% e em Taiwan, o Taiex caiu 1,23%. Na Coreia, o Kospi registrou alta de 0,32%. (Com Reuters)
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