As bolsas americanas fecharam com leves baixas hoje (12), com o mercado repercutindo a ata da reunião do Fed, o banco central americano, realizada no fim de setembro. O índice Dow Jones recuou 0,1% e fechou a 29.211 pontos. O índice S&P de 500 ações (S&P 500) caiu 0,33% para 3.577 pontos. E o índice Nasdaq, que concentra mais ações de empresas tecnologicas, fechou praticamente estável a 10.417 pontos.
O Fed divulgou o documento oficial da reunião, mostrando que os membros do Fomc (Federal Open Market Committee), o Copom americano, foram surpreendidos com o ritmo elevado da inflação, e que esperam que as taxas de juros elevadas perdurem por mais tempo do que previam na reunião anterior.
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A reunião de setembro se encerrou com um aumento de 0,75 ponto percentual nos juros americanos. E os diretores do Fomc notaram que a inflação está sendo particularmente prejudicial para os americanos de renda mais baixa. Por isso, as minutas reforçaram a mensagem de que os juros seguirão elevados até o problema da inflação dar sinais de que está sendo resolvido.
“Os participantes [da reunião] concluíram que o Fomc precisa endurecer a política monetária e se manter nessa posição para manter o objetivo de obter a estabilidade de preços com o menor desemprego possível”, informa o documento. Esse é o objetivo de longo prazo do Fed. Os membros do Fomc também notaram que a inflação “está dando poucos sinais de queda”.
Cautela com os mercados
Mesmo assim, a queda das bolsas foi menos intensa do que se esperava com uma Minuta tão dura. Os profissionais do mercado interpretaram o documento como uma sinalização de que o Fed pode desacelerar a alta de juros se essa política estiver provocando muita turbulência no mercado financeiro.
“Diversos participantes [da reunião] notaram que, dado o elevado grau de incerteza da economia e dos mercados financeiros globais, é importante calibrar o ritmo de novos apertos monetários, de modo a mitigar o risco de efeitos adversos significativos no cenário econômico”, diz o documento.
A reunião de setembro ocorreu antes da divulgação de diversos indicadores econômicos americanos mostrando que tanto a inflação quanto o mercado de trabalho permanecem aquecidos, apesar de os preços estarem subindo mais devagar do que no início deste ano.
O indicador de inflação preferido do Fed, o índice Personal Consumption Expenditure (PCE) subiu 6,2% nos 12 meses até agosto. O “núcleo” do PCE, que exclui os preços mais voláteis dos alimentos e da energia avançou 4,9% nesse período, muito acima da meta de inflação do Fed, que é de 2%.
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