Chegamos no último quarter de 2022. Dizer que o tempo está voando é clichê, mas frases clichês são assim por um simples motivo: são verdadeiras. E o óbvio precisa ser dito sempre. Depois de dois anos de tanta incerteza e transformações a toque de caixa, parece ainda mais que estamos correndo contra o tempo e fica inviável não pensar no que pode acontecer nos próximos anos. Traçar metas e parâmetros é essencial para seguir nossas jornadas e rotas.
É claro que não temos previsibilidade e nem o controle em nossas mãos, mas você já parou para analisar qual será o seu foco diante de tantas transformações? Nas minhas reflexões, vejo muito como o modelo ágil de liderar será fundamental. Com este método, os times passam a atuar com mais autonomia baseadas em propósitos bem definidos em que as entregas são mais curtas e os erros aparecem rapidamente, permitindo correções de rota constantes em prazos aceitáveis.
Outros pontos que vejo como foco são a adaptabilidade e a resiliência. Os últimos acontecimentos no mundo nos ensinaram que, por mais que haja planejamento e previsibilidade em nossas ações, nunca estamos preparados para tudo. Devemos sim estar preparados para mudanças constantes que podem ocorrer a qualquer momento, e a nossa adaptabilidade e resiliência serão fatores imprescindíveis para uma boa liderança e gestão.
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Nós, como líderes, precisamos ter essa capacidade de compreender e nos adaptar a todas essas mudanças, além de sermos resilientes e mostrar o quanto essa competência é imprescindível para todos dentro da empresa. A resiliência aumenta a capacidade de inovar e, consequentemente, de se destacar no mercado.
Ressalto também a importância do lifelong learning, afinal nessa corrida contra o tempo, sai na frente quem tiver um mindset aberto para nunca deixar de aprender e explorar novas experiências.
Do ponto de vista de mercado, há um otimismo. A 25ª edição da Pesquisa Anual Global com CEOs da PwC (25th Annual Global CEO Survey), que ouviu mais de 4.400 executivos, em 89 países, com uma participação expressiva de líderes do Brasil, mostrou que a expectativa das indústrias é que os próximos anos sejam de recuperação da economia e do consumo não só no Brasil quanto no mundo. Segundo o estudo, os CEOs de todo o mundo permanecem bastante otimistas em relação às perspectivas econômicas globais de curto prazo.
A sustentabilidade também tem que estar no radar. O estudo anual da IBM com CEOs, “Lidere o seu impacto: caminhos práticos para conquistar a sustentabilidade transformacional”, que entrevistou mais de 3.000 mil CEOs no mundo todo, apontou que 48% dos entrevistados no Brasil classificam a sustentabilidade como desafio máximo para suas empresas, um aumento de 65% desde 2021.
E você, qual o seu foco para os próximos anos?
Marcelo Ciasca é CEO da Stefanini Brasil
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