Por que não esquecemos algumas informações ao longo da vida? Descubra!

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Há certas coisas na vida que a gente nunca esquece como fazer, não é mesmo? Andar de bicicleta é o maior exemplo disso: uma vez que você aprende, jamais esquece. E isso é natural já que a resposta está dentro do seu cérebro!

Funciona assim: no momento em que se reaprende algo, ou seja, na segunda vez que subimos em uma bicicleta, ainda restam as habilidades armazenadas. Portanto, quando tentamos andar novamente sobre as duas rodas, mesmo depois de muito tempo, as conexões cerebrais buscam informações da primeira vez em que a ação foi aprendida — e isso é feito em questões de microssegundos.

Atividades como andar de bicicleta ficam armazenadas no sistema extrapiramidal – Foto: Shutterstock

Como o processo ocorre no cérebro

Apesar de não conseguirmos lembrar de tudo que acontece, o sistema nervoso tem como característica principal a de guardar informações, mas possui uma regra do que é essencial ou não, conforme explica o Dr. Fernando Gomes, médico neurocirurgião e neurocientista do Hospital das Clínicas de SP. 

“Atividades como dançar, tocar um instrumento, escrever e andar de bicicleta são entendidas pelo cérebro como importantes para a nossa vida. Por isso, ficam armazenados num outro tipo de sistema, chamado extrapiramidal, que é localizado no cerebelo — parte responsável pelo controle do tônus muscular, do equilíbrio e dos movimentos voluntários”, explica o médico. Assim, eles são um conhecimento que surge de forma inconsciente quando a pessoa necessita utilizá-los.

No entanto, esse processo não acontece apenas com atividades motoras, viu? O nosso cérebro também registra questões emocionais — regidas pelos comportamentos e pela personalidade. “Quando surge um problema, automaticamente o cérebro faz conexões que, inevitavelmente, nos fazem agir sempre num padrão específico. A repetição cria uma regra, que é sempre utilizada — de forma automática e inerente à pessoa”, finaliza Fernando.

Fonte: Dr. Fernando Gomes, médico neurocirurgião, neurocientista e professor livre docente do Hospital das Clínicas de São Paulo. 

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