Após fechar em alta na véspera (+0,83%), o Ibovespa segue de bom humor e iniciou o pregão de hoje (6) com valorização de 0,23%, aos 117.471 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília). O principal índice da Bolsa brasileira descola do desempenho de seus pares globais nesta manhã, que operam em modo cautela.
Investidores seguem monitorando as taxas de juros. Nesta semana, dados de abertura de vagas de emprego nos Estados Unidos sugeriram que o mercado de trabalho e a economia estavam desacelerando. Junto com o movimento inesperado do banco central da Austrália de aumentar os juros em apenas 25 pontos base, tudo isso alimentou as expectativas de aumentos menos agressivos dos juros pelos bancos centrais e elevou o sentimento de risco.
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No entanto, essas esperanças foram frustradas depois que o Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrou que o emprego privado nos EUA aumentou mais do que o estimado em setembro e após o Instituto de Gestão de Fornecimento informar que o setor de serviços diminuiu menos do que o esperado no mês e o emprego aumentou.
Agora a atenção é voltada para o relatório Payroll, que será divulgado amanhã (7). Analistas consultados pela Reuters esperam que 250 mil empregos tenham sido acrescentados no mês passado e que o desemprego chegue a 3,7%.
Nesta manhã, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou mais do que o esperado na semana passada. Mas o mercado de trabalho continua apertado mesmo com a demanda por mão de obra esfriando em meio à taxa de juros mais alta.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 29.000, para 219.000, na semana encerrada em 1º de outubro. O mercado de trabalho dos EUA tem sido bastante resiliente, embora algumas rachaduras estejam surgindo à medida que o Federal Reserve amplia sua campanha de aperto da política monetária.
O banco central dos EUA subiu sua taxa de juros de quase zero no início deste ano para a faixa atual de 3,00% a 3,25%, e no mês passado sinalizou que mais aumentos grandes estavam a caminho este ano.
Em meio a esse cenário, o Dow Jones futuro recua 0,25%, aos 30.234 pontos, o S&P 500 tem queda de 0,25%, aos 3.783 pontos, e o Nasdaq cede 0,18%, aos 11.602 pontos.
O dólar oscilava entre altas e baixas frente ao real nesta quinta-feira, ora pressionado pelo bom humor local na esteira do primeiro turno das eleições, que foi bem recebido pelos mercados, ora apoiado pela aversão a risco no exterior, antes dos importantes dados de emprego norte-americano. Às 10h25, a moeda subia 0,41%, a R$ 5,2055.
Na Europa, as autoridades do Banco Central Europeu (BCE) reunidas no mês passado temiam que a inflação pudesse ficar presa em níveis excepcionalmente altos, de modo que era necessário um aperto agressivo da política monetária, mesmo à custa de crescimento mais fraco, mostrou a ata de sua reunião de 7 e 8 de setembro divulgada hoje.
O BCE elevou os juros em 75 pontos-base na reunião, mais do que o esperado, e sinalizou novas altas, temendo que a inflação rápida corra o risco de se consolidar, tornando ainda mais difícil contê-la.
Embora não haja uma estimativa universalmente aceita para a taxa neutra nominal, economistas e autoridades tendem a calculá-la entre 1,5% e 2%, sugerindo que o BCE pode chegar lá até o fim do ano.
Cenário interno
Por aqui, a queda do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) se intensificou a 1,22% em setembro, depois de um recuo de 0,55% no mês anterior, uma vez que os preços de commodities e combustíveis continuaram pressionando, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta manhã.
No mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, caiu 1,68%, queda de 0,63% no mês anterior.
A pressão para o consumidor em setembro aumentou, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que responde por 30% do IGP-DI – teve oscilação positiva de 0,02% no período, de queda de 0,57% em agosto.
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(Com Reuters)
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