Na semana passada, quando o governo britânico anunciou um corte de impostos de 45 bilhões de euros -o segundo maior nos últimos 50 anos- financiado totalmente por aumento de dívida, parecia que estávamos diante de uma situação corriqueira: mais um governo expandindo a política fiscal sob a justificativa de aumentar o PIB potencial. Mas a resposta dos mercados foi intensa: a libra atingiu seu menor valor histórico, e os juros dos títulos britânicos dispararam. Não fosse a intervenção do banco central inglês comprando um volume alto de títulos públicos e o governo sinalizando recuo, uma crise sistêmica poderia ter se desenvolvido.
Leia mais (10/05/2022 – 21h30)