Luz azul das telas prejudica visão e terá classificações de segurança

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Divulgação/Lenovo

Com as novas classificações de segurança, consumidores poderão identificar níveis seguros de emissões de luz azul

Passamos a maior parte das nossas horas olhando para telas.

O número de dispositivos que usamos regularmente aumentou significativamente, assim como nosso tempo gasto com eles para trabalho, comércio eletrônico, mídia social, atividade física, jogos, educação e assim por diante.
O trabalho remoto e híbrido tornou as pessoas mais conscientes do tempo de tela e das preocupações com a exposição cada vez maior à luz azul. Estudos mostraram que a exposição prolongada a essa luz pode causar danos ao tecido ocular e afetar os padrões de sono.

Em resposta, os principais fabricantes de telas estão usando um novo sistema de classificação, semelhante ao FPS do protetor solar, projetado para estabelecer padrões para medir a luz azul e o desempenho em relação às cores.
Ao adotar a Certificação Eyesafe® 2.0, os fabricantes esperam oferecer transparência para os consumidores na hora de comprar dispositivos. Fabricantes de painéis, incluindo Lenovo, Dell, HPHPQ, LG Display e BOE, adotaram os padrões de certificação que os consumidores poderão ver já no final deste ano.

Recentemente, a Lenovo lançou três novos monitores, os primeiros a adotar o novo status Eyesafe® Certified 2.0. “A empresa é apaixonada por criar produtos que ofereçam alto valor e também abordem questões de segurança”, disse Stefan Engel, vice-presidente e gerente geral de negócios visuais da Lenovo.

Preocupações dos consumidores com a segurança da luz azul

Além de prejudicar o tecido ocular e afetar o sono, estudos mostraram que a longo prazo a exposição à luz azul pode levar à DMRI (degeneração macular relacionada à idade), a causa mais comum de cegueira e deficiência visual, e pode contribuir para a catarata, câncer de olho e crescimento na cobertura transparente sobre a parte branca do olho.

Pais de crianças em idade escolar, muitas das quais usam computadores por longos períodos de tempo, e estudantes universitários, que são obrigados a usar conteúdo digital na escola, estão se tornando mais conscientes dos problemas da luz azul.

O número de usuários de jogos cresceu substancialmente nos últimos anos, e o número de horas que o jogador médio gasta diariamente em um dispositivo também aumentou, levando a uma necessidade de dispositivos mais seguros no mercado.

Pesquisa e colaboração impulsionam a inovação de produtos

Os consumidores de hoje podem tentar adaptar seu comportamento para minimizar a exposição às emissões de luz azul usando óculos que filtram essa luz ou protetores de tela. Ainda assim, essas soluções não resolvem o problema no nível do dispositivo.

As empresas que fabricaram os equipamentos de proteção pós-venda alegaram que seus produtos ofereciam aos consumidores alguma proteção contra a luz azul, mas Paul Herro, diretor de operações da empresa Eyesafe, disse que muitos desses produtos não são certificados.

“Muitas das alegações em todo o setor não eram verdadeiras e levaram os consumidores a acreditar que os produtos removiam ou filtravam a luz azul”, disse Herro.

Antes de 2018, a medição das emissões de luz azul era simplesmente uma aprovação ou reprovação sem qualquer escala específica. A TÜV Rheinland, certificadora independente de padrões da indústria, colaborou com a Eyesafe e a indústria eletrônica para garantir que seus padrões de certificação atendessem à preocupação com as emissões de luz azul e o desempenho de cores no nível do dispositivo.

O conselho consultivo de saúde da Eyesafe Vision é composto por profissionais de oftalmologia que consultam a Eyesafe para fornecer informações médicas que ajudam a conduzir pesquisas sobre os efeitos da luz azul nos olhos e no cérebro.

De acordo com o documento Defining Blue Light Requirements for Digital Displays (Definindo requisitos de luz azul para monitores digitais), publicado pela fornecedora global TÜV Rheinland, a luz azul tem maior potencial do que outros comprimentos de onda da luz visível para causar danos aos tecidos oculares. Os impactos de longo prazo na saúde das emissões cumulativas de luz azul por dispositivos digitais ainda estão sendo avaliados. Ainda assim, existem efeitos imediatos e diários do uso da tela, como os impactos em nosso relógio biológico e padrões de sono. À noite, a exposição à luz pode “enganar” o corpo, dificultando o sono.

“Os consumidores estão olhando para as telas desde o momento em que acordam até a hora de dormir”, disse Herro, COO da Eyesafe. Ele observou como as emissões de luz azul afetariam significativamente as gerações mais jovens à medida que sua exposição aumentasse ao longo de suas vidas. Um sistema de classificação ajudaria os consumidores a comparar os níveis de exposição de diferentes dispositivos.

“O novo padrão Eyesafe® Certified 2.0 refina uma especificidade muito necessária em torno do conceito geral de baixa luz azul”, disse Frank Holzmann, gerente global de campo para produtos elétricos e de fluxo de negócios da TÜV Rheinland. “Isso permite que os consumidores façam comparações com informação entre os concorrentes.”

RPF pode ser comparado ao FPS no protetor solar

O padrão da indústria para medir o impacto da luz azul é chamado de Fator de Proteção de Radiação, ou RPF na sigla em inglês. As classificações variam de 0 a 100, sendo 35 a classificação mínima para uma certificação de aprovação.

Semelhante ao protetor solar, que possui a classificação FPS para avaliar os níveis de proteção contra os raios UV do sol, os dispositivos com um RPF 35 ou superior a isso fornecerão aos compradores uma maneira fácil de identificar níveis seguros de emissões de luz azul. “A atualização simplifica e concentra os requisitos na área de maior preocupação em relação à luz azul de alta energia e fornece uma métrica simples para ajudar os consumidores a entender os níveis de redução”, disse o Dr. David Friess, presidente do conselho consultivo de saúde Eyesafe.

O RPF tornará a compreensão do nível de mitigação da luz azul e desempenho de cores mais fácil de identificar, mas “há outros fatores que os usuários podem estar procurando para escolher um computador, incluindo tempo de resposta, resolução e tempo de processamento”, disse Engel, executivo da Lenovo.

Diferentes fatores decisivos

Os consumidores classificarão os recursos de maneira diferente com base em suas próprias necessidades, disse Engel. Por exemplo, um jogador valoriza as certificações Eyesafe com base no tempo que passa em dispositivos de jogos. Um aluno pode considerar o peso do dispositivo um fator mais importante se precisar carregá-lo diariamente ao ir e voltar da escola.

Os mais novos monitores da Lenovo melhoraram a precisão das cores, disse ele, observando o quanto isso é relevante para muitos usuários. “Os designers gráficos e de moda, por exemplo, precisam ter certeza de que as cores que veem na tela refletem o que estará no produto.”

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