Combinação entre moda e sustentabilidade faz a LV Store faturar mais de R$ 10 milhões por ano

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Divulgação/ LV Store

Letícia Vaz, fundadora da LV Store

A combinação entre moda e sustentabilidade ficou longe das passarelas por muito tempo. Porém, agora essa dobradinha reencontrou espaço em frente dos holofotes.

As marcas do mercado já preparam lançamentos com foco no meio ambiente há tempos. Agora, players menores também buscam chamar a atenção dos consumidores com essa estratégia. É o caso da loja digital de roupas femininas LV Store.

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Desde sua criação, em 2015, a empresa aposta em uma cadeia produtiva que vá ao encontro das preocupações de sustentabilidade das clientes e que seja ambientalmente responsável.

“Nós tomamos a decisão de produzir 100% das nossas peças desde o início, sem terceirizar nenhuma parte do processo. Eu comecei sozinha com um espaço minúsculo e duas máquinas de costura. Hoje temos três fábricas funcionando, que produzem cerca de mil peças por dia”, diz Letícia Vaz, fundadora da LV Store.

Em sua visão, trazer a produção para dentro de casa tem seus lados negativos, como a limitação no número de peças produzidas, mas os pontos positivos são muito mais significativos.

Vaz lista entre as vantagens o fato de não ter intermediários, o que melhora a margem de lucro da empresa. Além disso, é possível produzir peças com mais agilidade e assertividade, e também garantir o controle de toda a cadeia produtiva. Isso livra a marca de problemas clássicos do setor, como o trabalho análogo à escravidão.

“As grandes marcas de moda trabalham de forma antecipada, normalmente produzindo coleções para daqui a dois anos. Apesar de muito planejamento, essas empresas erram. Com isso, as peças são desperdiçadas. São perdas de material e de dinheiro”, diz Vaz.

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Sua maneira de trabalhar reduz a possibilidade de que esses erros ocorram. “Com a produção própria, nós conseguimos entender se aquela tendência se concretizou e ajustar o nosso percurso. Temos um estoque mínimo para conseguir atender o nosso público, mas fabricamos de acordo com a demanda, para não precisar produzir produtos que não tem um destino final traçado”, diz ela.

Também pensando em ter uma boa utilização de recursos, a empresária conta que utiliza uma máquina de corte à laser automatizada, que usa 90% do tecido. Os 10% que sobram são usados para fabricar brindes ou são destinados a doação.

Na hora de enviar os produtos, a embalagem também é pensada de forma minuciosa. Vaz explica que metade de sua fábrica é usada para a produção e a outra como centro de distribuição.

“Nós fazemos mais de 300 envios por dia e nenhum deles utiliza plástico. Nossas embalagens são feitas de TNT e podem ser reutilizadas pelos clientes. Nós retiramos até as sacolinhas que guardavam a nota fiscal e trocamos por etiquetas adesivas para evitar o uso do material”, diz Vaz.

As iniciativas têm mostrado resultados. A empresária estima encerrar o ano com faturamento de mais de R$ 10 milhões, crescendo em torno de 20% a 30% em comparação a 2021.

Método LV

A pandemia foi um divisor de águas para a marca de roupas. Vaz explica que logo no início do isolamento social sentiu o desespero de achar que as pessoas não comprariam roupas para ficar em casa, mas não foi exatamente isso que aconteceu.

Ela estudou as tendências de roupas da China, que já estava passando pela mesma situação há alguns meses, e começou a fazer lançamentos de coleções mensais, para incentivar a vontade de suas clientes de forma periódica e não apenas nas trocas de estação.

“Minha intenção era manter meus 60 funcionários empregados. Então eu sentei e percebi que com as minhas reservas conseguiria manter a equipe por seis meses, sem vender nada, mas isso não era suficiente. Fiz coleções de pijama, de roupas confortáveis para ficar em casa e com isso conseguimos crescer 40% durante a pandemia”, conta.

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Com o bom desempenho, muitos empreendedores começaram a entrar em contato para entender como melhorar o seu negócio no momento de dificuldade e pedir dicas para passar pela fase.

Esse movimento acendeu uma luz na cabeça da fundadora da LV Store, que decidiu criar um curso de empreendedorismo digital, aproveitando o boom do uso das redes sociais e da internet em meio ao isolamento social.

O Método LV conta hoje com mais de mil alunos e já faturou R$ 1 milhão desde o seu lançamento.

“No Método LV nós temos todos os tipos de público. A ideia é falar sobre como digitalizar o seu negócio, como ter um e-commerce. Então a gente examina todas as frentes, desde o financeiro até a comunicação, logística e vendas”, complementa Vaz.

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