O mundo terá quase 40% mais milionários em 2026 em comparação com o final do ano passado, de acordo com um relatório do Credit Suisse Research Institute divulgado na semana passada.
A perspectiva para daqui a cinco anos “é de que a riqueza continue crescendo”, diz Nannette Hechler-Fayd’herbe, diretora global de economia e pesquisa do Credit Suisse.
A inflação mais alta “produz valores mais altos para a riqueza global quando expressa em dólares americanos atuais em vez de dólares americanos reais. Nossa previsão é que, até 2024, a riqueza global por adulto ultrapasse o limite de US$ 100 mil e que o número de milionários ultrapasse 87 milhões nos próximos cinco anos”, disse Hechler-Fayd’herbe em comunicado.
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Impulsionada pelo aumento dos preços das ações e baixas taxas de juros, a riqueza global aumentou no ano passado: totalizou US$ 463,6 trilhões, um ganho de 9,8% devido à valorização cambial, disse o Credit Suisse em seu anual “Global Wealth Report 2022”. A riqueza por adulto aumentou 8,4%, para US$ 87.489, diz o relatório.
Todas as regiões contribuíram para esse crescimento, mas a América do Norte e a China dominaram, com a América do Norte respondendo por mais de 50% globais e a China acrescentando mais 25%, segundo o relatório. Em termos percentuais, a América do Norte e a China registraram as maiores taxas de crescimento – cerca de 15% cada.
Os Estados Unidos continuaram a ocupar o primeiro lugar no número dos mais ricos do mundo, com mais de 140 mil indivíduos com patrimônio líquido ultra alto, com riqueza acima de US$ 50 milhões, seguidos pela China com 32.710 indivíduos, segundo o relatório.
Em todo o mundo, o Credit Suisse estima que havia 62,5 milhões de milionários no final de 2021, 5,2 milhões a mais que no ano anterior.
Crescimento global lento reduz número de milionários
Por outro lado, este ano não está tão favorável. “Espera-se alguma reversão dos ganhos excepcionais de riqueza de 2021 nos anos de 2022 e 2023, pois vários países enfrentam um crescimento mais lento ou até recessão”, disse o relatório.
Os aumentos nas taxas de juros em 2022 já tiveram um impacto adverso nos preços de títulos e ações e também devem prejudicar o investimento em ativos não financeiros, observou o Global Wealth Report.
A longo prazo, o crescimento se recuperará, previu o Credit Suisse. “Espera-se que a riqueza global em dólares nominais aumente em US$ 169 trilhões até 2026, um aumento de 36%”, em relação ao ano passado, disse.
Os beneficiários estarão mais espalhados globalmente, previu o relatório. “Os países de baixa e média renda representam atualmente 24% da riqueza, mas serão responsáveis por 42% do crescimento da riqueza nos próximos cinco anos.
Os países de renda média serão os principais impulsionadores das tendências globais”, disse o Credit Suisse.
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