A semana começou no vermelho com o mercado apreensivo frente ao risco de recessão econômica nas maiores economias do mundo e em cautela diante da última semana antes das eleições presidenciais.
O Ibovespa perdeu os seus 110 mil pontos ao recuar 2,33%, para 109.114 pontos. Menos de cinco ações das 90 listadas no índice fecharam no azul. O dólar disparou e atingiu seu maior valor desde 20 de julho: R$ 5,41, alta de mais de 3%, para fechar a R$ 5,38.
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“Acho que por aqui deveremos ter uma semana travada, de olho nas eleições e indicadores importantes”, disse Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos.
As eleições no domingo (2) seguem sob os holofotes do mercado brasileiro, em uma semana que ainda conta com a divulgação de indicadores de peso, como o índice de inflação IPCA-15 de setembro e a ata da última reunião do Copom, ambos na terça-feira (27).
Para além do cenário interno, em Nova York, o aperto agressivo da política monetária pelo Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, e seu impacto na economia dos Estados Unidos ainda é uma preocupação.
“Obviamente, há preocupações sobre o aperto contínuo da política monetária pelo Fed. O próximo aumento de juro não acontecerá até o início de novembro, mas há uma certeza, na prática, de que isso acontecerá”, disse Randy Frederick, diretor administrativo de operações e derivativos da Charles Schwab.
O índice norte-americano Dow Jones chegou hoje à marca de queda de 20% em relação ao seu pico do ano (36.799,65 pontos), o que representa a confirmação de um “bear market” (mercado de baixa) para os investidores nos Estados Unidos e fecha a tríade de perdas dos principais índices de Wall Street.
O índice S&P 500 atingiu essa marca em junho e hoje já recua 23%, enquanto o Nasdaq bateu o patamar em março, e atualmente perde 31%.
Hoje, o Dow Jones fechou aos 29.264,50 pontos, o que representa uma queda de 20,47% frente à sua máxima do ano. O índice perdeu 1,10% no dia. Já o S&P caiu 1,02%, a 3.655,52 pontos, e o Nasdaq recuou 0,60%, a 10.802,92 pontos.
Mediante essas notícias negativas e na expectativa dos dados econômicos da semana, a aversão a risco tomou conta dos mercados jogando as bolsas para baixo e o dólar alcançou máximas de até R$ 5,4171 no dia.
O real teve o pior desempenho global nesta segunda, seguido pelo peso chileno. O índice DXY, que compara o dólar contra uma cesta de seis pares fortes, acelerou seus ganhos na sessão de hoje, a 0,8%, operando nos maiores patamares em duas décadas (114,53 pontos) e mostrando alta contra todas as divisas relevantes do mundo.
A moeda norte-americana fechou em alta de 2,53% frente ao real, avaliada em R$ 5,3814.
Sobre o Ibovespa hoje, a queda das ações foi generalizada. Somente três empresas se salvaram: São Martinho (SMTO3), Qualicorp (QUAL3)e Klabin (KLBN11).
Em relação às quedas, as maiores perdas do Ibovespa, foram de 3R Petroleum (RRRP3), recuo de 6,83%, seguida por Petz (PETZ3) e Magalu (MGLU3), que perderam 6,63% e 6,26%, respectivamente.
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(Com Reuters)
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