A divisão de saúde animal da Boehringer Ingelheim, farmacêutica alemã, em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), da unidade Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG), anunciou hoje (20) o lançamento de um selo de certificação em biosseguridade para fazendas leiteiras. A certificação tem como meta assegurar a proteção e o controle da ocorrência de doenças nos rebanhos bovinos, além de promover o bem-estar dos animais.
“Nos mantemos sempre atentos às exigências do mercado e dos consumidores e, por isso, decidimos unir esforços com a Embrapa e outros parceiros sólidos para viabilizar esse novo selo que atesta uma série de fatores relacionados aos cuidados com a produção e com a qualidade do leite e dos produtos lácteos”, afirma Diego Souza, líder da área de grandes animais da Boehringer Ingelheim.
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Para o desenvolvimento do selo foi realizado um estudo liderado por especialistas das suas empresas, em que os protocolos foram validados em campo nas fazendas Colorado, no município de Araras, SP, uma das maiores produtoras de leite tipo A do país, e Santa Luzia, em Passos (MG), que possui um dos mais renomados trabalhos de genética animal utilizando o cruzamento de gado holandês com zebuínos. Ambas são propriedades reconhecidas pelos níveis de implementação de tecnologia e, juntas, produzem mais de 140 mil litros de leite por dia, sendo que a primeira tem a sua produção em sistema de confinamento e a segunda, com destaque para a produção em sistema de pasto. Elas são as primeiras fazendas a receber a nova certificação em biosseguridade.
“Ao longo dos estudos conduzidos nas duas fazendas, nos dois sistemas diferentes, foram
identificados mais de 140 pontos críticos na produção de leite que devem ser observados pelos produtores no que diz respeito às boas práticas de biosseguridade”, explica Eduardo
Pires, especialista da Boehringer Ingelheim.
Para a concessão do selo aos produtores, as empresas devem avaliar ações de boas práticas como o uso racional de antibióticos nos animais e a destinação correta de animais que venham a falecer na fazenda. Pires afirma que esses são alguns dos pontos para garantir a saúde das pessoas, “já que humanos e animais estão interligados por meio do convívio e pela alimentação”.
O próximo passo da Boehringer Ingelheim é compartilhar esse conhecimento com o setor produtivo por meio de cursos em plataformas digitais da Embrapa, em que produtores e técnicos interessados possam aderir às recomendações em termos de biosseguridade, gerando mais proteção ao rebanho contra doenças e melhorando o bem-estar animal nas fazendas.
“Com a adoção de protocolos de boas práticas em biosseguridade, teremos um maior controle de saúde e redução de doenças nos animais, resultando na redução do uso de medicamentos e de resíduos no leite, além de aumentar o índice produtivo da fazenda, refletindo um impacto positivo na receita do produtor”, afirma Souza.
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